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Funcionários de dois postos acusam familiares de grávida que perdeu bebê de ameaça na BA; família nega e aponta negligência

Os funcionários de dois postos de saúde da cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, fecharam as portas das unidades médicas, na manhã desta quarta-feira (20), após supostas ameaças feitas por familiares de uma mulher que estava grávida e perdeu a bebê, nesta semana.

De acordo com os funcionários do Posto de Saúde Euler Ázaro, que não se identificaram, a avó da mulher esteve no local e fez ameaças de morte. O mesmo teria sido feito pelo marido da gestante no Posto Programa Saúde da Família (PSF) II. As duas unidades ficam no bairro Teotônio Vilela.

A família da grávida nega as acusações, contudo, tanto a avó quanto o marido da mulher foram encaminhados para prestar esclarecimentos na delegacia da cidade após denúncias. Eles foram liberados após serem ouvidos.

Os familiares da gestante alegam que a mulher foi vítima de negligência médica dos dois postos de saúde e acusam as unidades pela morte da bebê, que seria a primeira filha da paciente. Com nove meses de gestação de risco, a mulher teria buscado encaminhamento para dar à luz em uma maternidade nos dois locais e não teria sido atendida.

“Eu não falei isso. Eu cheguei lá e perguntei quem era dona Jamile. Aí, elas ficaram caladas. Eu fui e falei para elas assim: ‘Minha neta teve aqui, pediu a carta a vocês, para ela ir para o hospital, porque ela estava com problema, gravidez de risco, e vocês disseram que a moça não daria a carta porque estava com o filho doente e não estava aqui. Vocês não tomaram providência. Ela voltou para casa passando mal. Levamos para o Hospital São José. Quando chegou no Hospital São José, ela não tinha carta, o médico olhou e mandou ela voltar para casa. A gente conseguiu, levou ela para Itabuna [também no sul da Bahia]. Quando chegou lá, o estado dela já estava grave. Aí, os médicos não poderiam operar, porque a pressão estava alta, diabetes estava alta, e a criança morreu dentro dela'”, disse Marinalva Conceição

“E aí eu disse para elas que elas iriam pagar por isso. Que um dia elas seriam mães e elas iriam saber o que era a dor de uma mãe perder o filho, ver o filho morrendo na barriga, sem poder salvar. Que elas não tinham coração”, completou.

Em contato com a produção da TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia, a Secretaria de Saúde de Ilhéus informou que está apurando se houve negligência de algum dos funcionários dos postos. O Conselho Municipal de Saúde informou que também está apurando o caso.

A Secretaria de Saúde de Ilhéus informou ainda que registrou queixa na delegacia contra o homem, porque vários funcionários confirmaram a ameaça. Os postos de saúde voltaram a funcionar a tarde, com reforço da ronda da Polícia Militar e o apoio da Guarda Municipal.

G1Bahia

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