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Manchas de óleo não inviabilizam turismo em cidades atingidas, diz Ibama na Bahia

As pelotas de petróleo que avançam pela costa da Bahia e atingem todo o Nordeste não devem inviabilizar o turismo no estado, de acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na Bahia. O superintendente do órgão, Rodrigo Alves, visitou nesta quarta-feira (16) áreas atingidas ao lado do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. 

 

Após a vistoria, o superintendente declarou que foi importante visitar as áreas para perceber que muitas das praias impactadas, até mesmo em Salvador, já estavam limpas. “É importante prestar o esclarecimento para a sociedade de que, apesar de grave, essa situação não inviabiliza o turismo do estado”. Alves ainda disse que as manchas não chegam a costa de forma uniforme e, por isso, em muitas praias da Bahia e até mesmo em Salvador, não foram encontradas as manchas. 

 

Secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Claudio Tinoco (DEM), pregou cautela ao falar dos visitantes que vem a capital durante a crise ambiental. “Salvador foi uma das últimas cidades a ser atingida pelas manchas de óleo por isso o momento é de monitoramento e de cautela”, declarou. O Procon de São Paulo afirmou que o consumidor que tiver viagem marcada para o Nordeste pode cancelar ou remarcar a reserva sem pagar multa . 

 

Tinoco revelou que a prefeitura irá convocar nesta sexta-feira (18) uma reunião do Conselho Municipal de Turismo para montar uma estratégia própria para o momento em que as praias de Salvador são atingidas pelas manchas e para o momento após o fim da crise. 

 

“Vamos produzir uma campanha de promoção da cidade voltada ao turismo de sol voltada para a alta estação. Salvador tem 50km de praias e lugares com certificação ambiental, com a vantagem de ter duas costas. Em tese, a área mais preservada é a costa oceânica”, narrou. A campanha deverá ser lançada com a resolução do caso das manchas. 

 

Até lá, a secretaria pretende mobilizar com o encontro, o trade turístico para informar, via plataformas digitais, as operações de limpezas e a situação das praias de Salvador 

 

O governo do estado, por meio da Secretaria Estadual de Turismo (Setur), também foi procurado, e, em nota, a pasta de Fausto Franco disse que a gestão “está trabalhando em parceria com prefeituras e sociedade civil para que a situação volte o mais breve possível” e “que o Turismo é muito importante para a atividade econômica do estado”. No entanto, nenhuma ação da pasta voltada a visita de turistas no estado foi revelada. 

 

FIM DA CRISE
O Ibama na Bahia ainda não sabe precisar quando as manchas podem parar de chegar na costa baiana. O caráter desuniforme e impreciso em que avançam torna impossível prever quando a situação com o óleo chegará ao fim. “Essa crise tem três características que não nos permite prever o seu fim. Não sabemos qual é a fonte poluidora, de onde o óleo veio. Não sabemos a quantidade que foi despejada e ainda o óleo de movimenta submerso, tornando quase impossível a identificação dele por aeronaves e satélites. Só conhecemos o óleo quando ele chega à costa”, disse Alves. 

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