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Aumento (mais uma vez!) no preço dos combustíveis preocupa motoristas

Que todo o Carnaval tem seu fim, isso todo mundo sabe. Mas a questão é que a realidade que vem depois, não é bem aquela que as pessoas planejam. E ela já veio forte sobre o bolso do consumidor, com o aumento no preço dos combustíveis. Alguns postos chegaram a reajustar o valor em 9,5%, cobrando R$ 4,56 pelo litro.

Em Salvador, conforme um levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina, por exemplo, está na casa dos R$ 4,38. De acordo com a pesquisa, feita entre os dias 16 e 22 deste mês, o preço mais barato foi encontrado em um posto na região do Alto das Pombas, próximo ao bairro da Federação, por R$ 4,17, o litro.

Já o mais caro foi visto em outro estabelecimento, no bairro do Dois de Julho, no centro de Salvador, ao preço de R$ 4,99/litro. Entre os dois postos, há uma diferença de 19,66% no valor que é vendido ao consumidor. Por outro lado, o preço mais comum encontrado pela pesquisa, em 16 postos da capital baiana, foi pelo preço de R$ 4,39/litro.

Pelo interior do estado, a Agência encontrou, em alguns municípios, a média de preço semelhante a de Salvador. Em Feira de Santana, no centro-norte da Bahia, esse valor era também de R$ 4,38, sendo que o valor mais barato encontrado foi de R$ 4,36/litro e o mais caro foi de R$ 4,55/litro. Já em Juazeiro, no norte do estado, o valor médio deste combustível era de R$ 4,97: um diferença de 13,4% em relação a Feira de Santana e Salvador.

O levantamento foi feito também em cidades das regiões oeste, sul e sudoeste. Em Barreiras, o preço médio de venda da gasolina estava na casa dos R$ 4,63, sendo que o valor mais caro foi encontrado pelo valor de R$ 5,09. Em Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, o preço médio percebido pela ANP foi de R$ 4,78. Já em Porto Seguro, cidade que detém o título da gasolina mais cara da Bahia, essa média foi de R$ 5,09. Por lá, o litro do combustível pode ser encontrado por até R$ 5,21.

No último dia 19 de fevereiro, a Petrobrás anunciou o aumento do preço médio da gasolina em suas refinarias em 3% já a partir da última da quinta-feira. Este foi o primeiro aumento do combustível no ano de 2020. Conforme a estatal, o reajuste ocorreu após o preço do petróleo Brent registrar uma recuperação de cerca de 10% desde o último dia 10 também deste mês, quando havia atingido o menor valor em cerca de 13 meses. Antes deste aumento, a empresa chegou a promover quatro cortes seguidos.

ETANOL

Assim como a gasolina, o etanol seguiu o mesmo ritmo e alguns postos também reajustaram os valores do litro deste combustível na cidade: +10,2%, passando a cobrar R$ 3,56/litro. Ainda conforme a ANP, o preço médio está na casa dos R$ 3,44, com o preço mais barato sendo vendido por R$ 3,24 (na região do Alto das Pombas) e o mais caro por R$ 3,79 (em um posto de combustíveis no bairro da Pituba).

Pelo interior, na cidade de Feira de Santana, o preço do etanol varia entre R$ 3,25/litro e R$ 3,59/litro. Em Juazeiro, o valor pode chegar a até R$ 3,99, maior do que os registrados em Barreiras (máximo de R$ 3,79/litro) e Vitória da Conquista (máximo de R$ 3,69/litro). Apenas em Porto Seguro o preço do litro do etanol foi maior do que nas demais cidades pelo jornal Tribuna da Bahia: valor máximo de R$ 4,29/litro; média de R$ 4,20/litro.

Para Luciano Batista, que trabalha como motorista de aplicativo, o aumento veio em uma péssima hora. “Como se não bastasse o aumento da tarifa de ônibus, agora tem o reajuste dos combustíveis. No final das contas, somos nós apenas que estamos sendo lesados”, reclamou. Para Cíntia Moura, administradora de empresas, o aumento vai pesar ainda mais no orçamento. “Ainda não temos um bom sistema de transporte, por isso somos dependentes do carro. Acredito que daqui a pouco vai chegar a hora de usarmos o veículo somente quando for urgente”, lamentou.

Segundo a Petrobrás, os preços para a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo. A paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos.

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