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‘Fake News’: Não há provas de que chá e água quente ‘matem’ coronavírus, diz infectologista

Após o Brasil confirmar o primeiro caso de coronavírus, os brasileiros passaram a se preocupar ainda mais com a doença, e algumas correntes sobre métodos para evitar a contaminação começaram a circular no WhatsApp. Como exemplo, uma notícia que foi bastante repassada ao longo desta quinta-feira (27) foi que “beber água ou chá quente mata o coronavírus, pois o mesmo não sobrevive a mais de 26º”. Ao Bahia Notícias, o médico infectologista da Vigilância Epidemiológica do Estado, Antônio Bandeira, afirmou que não existe nenhuma comprovação de que esses procedimentos evitem o vírus Covid-19. 

 

“Chá Doce, Erva Doce, são tudo crendices. Não é que esteja errado, as pessoas podem tomar, mas não há uma comprovação que impeça ou melhore a infecção”, disse Bandeira.

 

“As formas de prevenção são bem conhecidas. Quais são? Higienização frequente das mãos. As pessoas precisam higienizar bem antes de levar as mãos a boca, olhos, pegar em alimentos… É fundamental. Segundo lugar, quem tiver com sintomas respiratórios, vírus, essa pessoa deve usar aquela máscara cirúrgica, para diminuir as chances de transmissão. Outra coisa, sempre que for tossir ou espirrar, deve sempre fazer isso no cotovelo. Essas são as recomendações mais importantes”, completou.

TEMPERATURA
Quanto à temperatura, Bandeira apontou que o clima tropical não inibe a contaminação. O Brasil é o primeiro país da América do Sul a ter um caso confirmado de infecção pelo novo coronavírus e, diferente de países como China e Itália, se encontra no verão. Ainda assim, segundo o infectologista, a principal forma de transmissão segue sendo a do contato de pessoa para pessoa, e a temperatura não consegue neutralizar o vírus. 

 

“Eu diria que o clima mais quente ou mais frio não vai ser tão definitivo. Ele pode ser mais significativo é na persistência do coronavírus no meio ambiente, numa mesa, por exemplo. Para a transmissão entre pessoas, não vejo que uma temperatura mais quente vai neutralizar. O indivíduo fala e rapidamente a gotícula cai na boca do outro, então não dá tempo nem da temperatura eliminar o vírus. Para mim, não tem influência absolutamente nenhuma”, explicou.

 

Já na Itália e na China, países do hemisfério norte que estão no inverno, a doença tem se espalhado rapidamente. Bandeira apontou que o frio facilita a transmissão, já que as pessoas se aglomeram ainda mais. 

 

“O frio facilita, pois aglomera mais as pessoas. Ele concentra as pessoas em ambientes fechados, como em Shoppings, livrarias… Essa concentração acaba juntando mais as pessoas, facilitando a transmissão”, concluiu. 

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