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Durante isolamento social, cresce a violência doméstica. Em Irecê, o fenômeno também se faz presente

No Brasil e no mundo, aumentou a violência doméstica no período da quarentena preventiva à expansão da infestação do coronavírus. Em Irecê também, segundo Robéria Santana, coordenadora do CRM do Território.

A pandemia do novo coronavírus chegou e colocou todos em alerta. Muitos foram dispensados do trabalho presencial. Trabalhar de casa é uma alternativa que apesar de parecer “moderna” e “férias” para alguns, para outros, é bem diferente. A realidade aponta que pobres e mulheres vão sofrer mais com essa alternativa.

No processo de exploração e opressão de alguns sujeitos, a condição das mulheres tende a se agravar a cada dia. Seja porque a maioria das vítimas não possui meios que garantam a sua independência afetiva e financeira, seja porque no contexto de pandemia as contradições do sistema capitalista se aprofundam. A isto, se soma o tratamento diferenciado para com as populações que vivem em condições precárias, sem acesso a políticas públicas de prevenção e opção de isolamento adequado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 70% dos profissionais de saúde que estão na linha de frente, em condições mais vulneráveis, no combate ao vírus são mulheres. Posto que o estado de quarentena coloque as pessoas no ócio da atividade de trabalho, esse processo apontou como consequência a elevação da pressão psicológica e também o aumento nos índices de violência de gênero.
Em Irecê, constata-se o aumento no número de caso de violência principalmente contra mulheres, visto que, de acordo com Robéria Santana, coordenadora do CRM – Centro de Referência da Mulher, percebeu-se nesse período de isolamento, um aumento significativo no número de casos.

 

A pergunta que fica é: como garantir o combate à violência contra as mulheres no meio de uma pandemia que exige de nós a quarentena?

Primeiro, nosso melhor caminho é o da solidariedade com as vítimas, estando disponível para ajudar, orientar e acompanhar essas mulheres. Além disso, é preciso favorecer a criação de uma rede de apoio que as fortaleça. A violência tem raízes profundas, mas sabemos que a culpa não é das mulheres. A violência contra a mulher se caracteriza por ciclos e fases que são difíceis de enxergar no momento em que se vive. Por isso, a importância do acolhimento e da partilha da coragem e confiança em momentos de vulnerabilidade.

Segundo, é imprescindível para nós, mulheres, combatermos a violência denunciando-a. Por este motivo, orientamos a denúncia aos casos de violência, qualquer que seja. O disque-denúncia é um dos principais canais para este fim. Nesse momento, contamos com ele para avançarmos na luta por uma sociedade menos machista e violenta.
Irecê
CRM – Centro de Referência da Mulher – Irecê/ Horário de funcionamento:
Seg a sex, 08 às 14 horas/ Número para contato:(74) 3641-2766
180 – Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres
190 – Polícia Militar
Da Redação do Cultura&Realidade, com informações de Brasil de Fato

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