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Profissionais de saúde denunciam falta de EPIs e condições básicas de trabalho em unidades na Bahia

Profissionais de saúde da Bahia denunciam a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e condições básicas de trabalho em unidades de saúde em todo o estado. Já são mais de 600 trabalhadores afastados depois que testaram positivo para Covid-19.

Na luta contra a doença, alguns profissionais ficam diretamente expostos aos pacientes infectados. Segundo o boletim da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab), são 166 técnicos ou auxiliares de enfermagem e 141 enfermeiros infectados pela Covid-19 no estado. Eles são os profissionais mais atingidos pela doença nos hospitais.

“Enfermeiros está tendo número maior, talvez pela especialidade do trabalho. Os profissionais de enfermagem ficam muito mais tempo e mais próximos ao paciente. Então ele tem um tempo maior e uma exposição maior”, disse Maria Inês, presidente do Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA).

Nessa semana, a Justiça Federal acatou o pedido feito pelo Coren-BA e determinou o afastamento de profissionais de enfermagem que tenham mais de 60 anos, gestantes ou que estejam no grupo de risco para Covid-19. Segundo a decisão, esses profissionais não podem mais ter contato direto com pacientes infectados.

A decisão também obriga que estados e municípios forneçam EPIs para os profissionais sob pena de multa diária de R$ 500.

“Há denúncias de que algumas unidades, inclusive hospitalares, estão usando máscaras caseiras de tecido. Também existem queixas e reclamações com relação a protetor, como capa impermeável, estão fornecendo produtos que não são seguros para os procedimentos”, disse a presidente do Coren.

Em nota, a Sesab negou que estejam faltando EPIs nas unidades de saúde do estado. Sobre a decisão judicial que pede o afastamento de profissionais de saúde com mais de 60 anos, gestantes ou que estejam no grupo de risco para Covid-19, a Procuradoria Geral do estado disse que vai esperar receber a decisão para recorrer. Já a procuradoria do município informou que vai recorrer da decisão. (G1/BA)

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