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Capacidade de expandir leitos de UTI deve se esgotar em julho, diz secretário

A Prefeitura de Salvador e o Governo da Bahia estão próximos do esgotar a capacidade de ampliação de leitos de UTI para atender pacientes com a Covid-19. De acordo com o secretário de Saúde, Léo Prates (PDT), o limite deve ser no início de julho.

Depois disso será preciso uma diminuição consistente da taxa diária de contaminação, caso contrário, a capital baiana corre o risco de entrar em um colapso do sistema de saúde.

“A partir do dia 1° de julho, tanto Prefeitura quanto o estado já terão implantados todos os leitos de UTI que teríamos condições. A partir daí, precisamos de uma queda da demanda, que só conseguimos com participação da população. Se não, o sistema de saúde vai colapsar. Vai precisar de um leito de UTI e não vai ter, essa é a vedada”, alerta.

Em entrevista ao Bahia no Ar, da Record TV Itapoan, na manhã desta terça-feira (16), Prates declarou que a taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva em Salvador está em torno de 84%. A porcentagem ainda é bem acima do ideal, que segundo o secretário seria “abaixo de 70%”.

No estágio atual, Prates assegura que não tem como negociar nenhum “tipo de retomada” das atividades comerciais. Ele reiterou que o sistema ainda não entrou em colapso justamente pelos esforços de prefeito e governador para ampliar os leitos, mas não pela queda real na disseminação do novo coronavírus.

IRREGULARIDADES NO HOSPITAL ESPANHOL

O secretário de Saúde do Município comentou a declaração do infectologista Roberto Badaró, que sugeriu que 40% dos óbitos que eram registrados como decorrentes da Covid-19 no Hospital Espanhol, na verdade tinha outras causas.

A afirmação feita durante entrevista à Rádio Metrópole repercutiu bastante nas redes sociais e chegou a ser compartilhada pelo presidente nacional do PTB e aliado bolsonarista, Roberto Jefferson.

Prates fez elogios ao Dr. Badaró, mas como o próprio infectologista admitiu, é equivocada a informação de que o Hospital Espanhol notifica mortes suspeitas pelo novo coronavírus sem testagem.

Os casos são identificados como suspeitos de Covid-19, mas os registros são lançados no boletim da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) quando há, de fato, a confirmação do diagnóstico.

Portanto, não existe a possibilidade de 40% dos óbitos no Espanhol serem incluídos erroneamente no boletim de casos da doença.

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