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E o transporte clandestino surfa na pandemia, levando o corona

Essa Covid é mesmo um caso atípico. À exceção de Manaus, onde entrou pela Zona Franca (fazendo jus ao nome), veio da Ásia para cá de avião, agora ponga nos transportes clandestinos pelos quatro cantos com os prefeitos unânimes quanto aos riscos, mas diferentes na forma de reagir.

Gilberto Brito (PSB), de Paramirim, teve lá sete casos e um óbito, todos vindos de São Paulo. E ele diz que não pode fazer nada:

– Muita gente daqui que mora em São Paulo agora está voltando. O jeito que tenho é o que faço, testar e monitorar. E, além disso, o transporte clandestino não se formou agora, ele sempre existiu, usado pelos próprios para visitar parentes.

Em Monte Santo, o prefeito Vando, com 126 casos e um óbito, travou a romaria que aconteceria em abril e jogou duro:

– Todo transporte clandestino que chegou aqui eu acatei os passageiros e apreendi os veículos. Foi um santo remédio. Acabou o problema.

Já Elmo Vaz (PSB), de Irecê, diz que flexibiliza o transporte legal justo para não deixar o clandestino tomar conta:

– Mantenho rigoroso controle, mas se nós apertamos com a turma que paga taxas e impostos, são regularizados, só vamos fortalecer os clandestinos. Eu vejo isso.

Claro que é. Em Porto Seguro, o transporte está proibido e os clandestinos se agitaram tanto que até trocaram tapas em via pública brigando por passageiros.

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