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Ministério da Saúde considera reavaliar orientação sobre hidroxicloroquina

Após a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) emitir um informe afirmando que, diante das novas evidências científicas, “é urgente e necessário que a hidroxicloroquina seja abandonada no tratamento de qualquer fase da covid-19”, o Ministério da Saúde afirmou que considera reavaliar a orientação que dá sobre o uso da medicação desde o dia 20 de maio. Desde a data, a pasta incluiu oficialmente a cloroquina e a hidroxicloroquina como medicamento para tratamento precoce de pacientes com covid-19.

“Se mudará as orientações? Provavelmente sim. A ciência muda dia após dia e novas informações vão chegando. […] Da nossa parte não há problema nenhum em mudar a orientação, mas precisamos ir aos fatos, olhar as evidências e entender que as doenças tem várias fases e que cada pesquisa aborda uma fase diferente”, disse o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto, em coletiva de imprensa.

Angotti afirmou que a nota informativa, assinada por sete secretarias da pasta, está “em constante revisão e aprimoramento”. “Ela está sendo revista, republicada e atualizada diariamente. Todos os dias estamos vendo quais são as evidências mais novas publicadas na literatura universal. Já somamos mais de 1000 evidências em quase 70 boletins”, disse.

O secretário reconheceu, no entanto, que essas evidências ainda estão em evolução e que não há um consenso científico. “Há grupos de pesquisadores que se colocam contra ou a favor de determinadas medicações em determinados momentos e cabe a nós, como ministério, acolher todas essas informações e mobilizar nossa equipe para fornecer informações de qualidade para que os profissionais da saúde se sintam cada vez mais seguros para levar proteção aos nossos cidadãos”, ressaltou.

Angotti ainda lamentou a polarização em torno do tema. “Essa polarização tem gerado desconforto entre pacientes e médicos.Vamos respeitar a competência dos nossos profissionais de saúde. Vamos respeitar o direito deles de prescrever, o direito do paciente de buscar aquele tratamento que melhor entende ser correto”, pediu.

Bruna Lima e Maria Eduarda Cardim – Correio Braziliense

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