Três das dez cidades com mais risco de contaminação pelo Aedes Aegypti estão da Bahia, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU).
No processo de acompanhamento das ações do Ministério da Saúde para a prevenção, controle e combate ao mosquito Aedes Aegypti e às doenças por ele transmitidas, o TCU apontou risco nos municípios baianos de Itaju da Colônia, Itabuna e Jaguarari. No Brasil, há situações semelhantes nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, Alagoas, Goiás e Rio Grande do Norte.
Entre agosto e setembro, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) listou 10 cidades com Índices de Infestação Predial (IIP) acima da média, que é de 4%. Quem está saiu na frente na lista foi Jaguarari, com 16%.
Para o epidemiologista, Antônio Bandeira, o número é preocupante. “É um índice elevadíssimo. A gente já começa a se preocupar quando com 4%… Existem tem municípios aqui, na Bahia, com até 30%”, declarou ele.
A cidade de Jeremoabo aparece em segundo lugar com 15%. Já Senhor Bonfim aparece em terceiro, com 13,1%.
De acordo com o médico, Itabuna apresenta risco por causa do acúmulo de água. “Falta muita água e a população acaba acumulando. Tudo isso facilita mais para o mosquito.
A Sesab não listou Itaju da Colônia. Segundo o órgão, o município apresentou IIP médio, entre 1 e 3,9.
Campanha
A semana nacional de mobilização de combate ao mosquito Aedes aegypti acontece de 26 a 30 de novembro. Palestras, caminhadas, capacitação e mutirões de limpeza estão entre as ações programadas. Neste ano foram registrados 8.760 casos suspeitos de Dengue, 4.080 de Chikungunya e 1.296 casos suspeitos de Zika.
No dia D, que será na sexta-feira (30), ocorrerão ações simultâneas em todas as capitais do país a partir de articulação com prefeituras, governos estaduais e população, com visitas em residências, escolas, órgãos públicos, canteiros de obras e outros locais para conscientizar a população sobre a importância do engajamento de todos na luta contra o Aedes.
Além disso, serão realizados mutirões de limpeza, com atividades de vistoria e remoções de focos do vetor nas residências, juntamente com caminhadas de conscientização e distribuição de materiais informativos.