Seis meses após a saída dos cubanos no Brasil, a Bahia continua sendo o estado do Brasil com maior déficit de médicos. De acordo com informações do Ministério da Saúde, no final do mês de abril, cento e trinta e duas vagas ainda precisavam ser preenchidas em cidades baianas.
No mesmo mês, os estados de São Paulo (131) e Minas Gerais (103) registraram o segundo e o terceiro maior número de vagas desocupadas.
Presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Eures Ribeiro explica que, com a falta de médicos, moradores do interior do estado ficam sem atendimento ou precisam ir até unidades de saúde de outra cidades.
“Os médicos foram embora e nós ainda não encontrados respostas do Ministério da Saúde. Mesmo que eles abram inscrições, as vagas não vão ser preenchidas, porque os médicos não querem ir para os lugares mais distantes. Agora, tem cidade no interior que não tem médico e a população precisa ir para outro município, prejudicando o atendimento em outras unidades de saúde”, afirma, Eures, que também é prefeito da cidade de Bom Jesus da Lapa.
Novas inscrições
A Bahia tem 240 vagas previstas para o Programa Mais Médicos, conforme lista divulgada pela pasta na segunda (27). As cidades de Itaberaba e Jequié, que são considerados áreas vulneráveis, são os municípios com o maior número de vagas previstas, com 7 e 6, respectivamente.
No estado, 146 vagas são destinadas a 98 municípios em situação de extrema pobreza; 60 vagas para 32 municípios considerados áreas vulneráveis; 27 vagas para sete municípios incluídos no grupo dos cem (G100) com mais de 80 mil habitantes e alta vulnerabilidade social; seis vagas para três municípios que fazem parte do Grupo I do Piso de Atenção Básica (PAB); e uma vaga para um Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI).
As inscrições foram abertas n e vão até a próxima quarta-feira (29). São oferecidas, no total, 2.212 vagas para o atendimento na atenção primária à saúde em cerca de 1.185 municípios e 13 DSEIs. As inscrições são feitas exclusivamente pela internet.