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Bahia: Homem que fraudava benefícios do INSS embolsava R$ 25 mil por mês

Um executivo do crime. Assim vinha agindo Balbino Oliveira da Silva, considerado pela Polícia Federal como um dos maiores fraudadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Um dia antes de ser preso, na manhã desta quarta-feira (09), na Operação Caduceu, ele embarcou num voo de Salvador para Vitória da Conquista para mais uma “viagem de negócios”. “Ele mantinha uma espécie de empresa que vendia fraude na Previdência Social e vivia viajando como um executivo, cuidando de seus negócios”, declarou o delegado Bruno Ferreira Diniz, da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários (Deleprev) da PF. albino é acusado de ser o líder de uma quadrilha que praticava fraudes contra o INSS nos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco.
O prejuízo estimado aos cofres púbicos supera os R$ 7 milhões, relativos a pelo menos 140 benefícios com constatação de fraude. Através do esquema, o criminoso obteve seis benefícios, o que dava a ele uma renda mensal de R$ 25 mil, além de três imóveis – dois apartamentos, um deles na Barra, e uma casa de veraneio na Praia do Flamengo.
Levando em consideração que o benefício mais antigo de Balbino é do ano de 2014, a estimativa é que, somente ele, tenha causado um prejuízo de R$ 2 milhões aos cofres públicos. Balbino foi preso na manhã desta quarta-feira em um apartamento na Barra, onde morava. Ele atuava como estelionatário desde a década de 1980 e responde a diversos processos penais e inquéritos policiais por fraudes.“Infelizmente, estelionato não é um crime hediondo e, por isso, há a facilidade de voltar à liberdade e cometer o mesmo crime”, disse o delegado Bruno Ferreira Diniz.
Além de Balbino, foram presos outros dois homens. Um que tinha a função de “papeleiro”, responsável por providenciar as documentações falsas, como atestados, relatórios e laudos médicos, e um técnico em contabilidade, que informava os dados laborais para a Previdência com base informações falsas.s envolvidos responderão por diversos crimes. Dentre eles, estão integração de organização criminosa; estelionato previdenciário; uso de documento falso; falsidade ideológica; e falsificação de documento público. As penas, se somadas, podem chegar a mais de 30 anos de prisão.
Um funcionário da Previdência Social de Sergipe que estava envolvido no esquema foi indiciado pelos mesmo crimes. “A prisão preventiva se dá para evitar a continuidade de um crime naquele momento, é para impedir o fluxo dessa atividade. Sendo assim, para esse caso específico, não cabia solicitá-la, porque ele já havia se aposentado, não estava mais trabalhando. No entanto, ele responderá da mesma forma e corre o risco também de perder a aposentadoria”, disse o delegado. Um médico também é investigado suspeito de fazer parte da quadrilha.

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