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Mais de 40% das estradas baianas estão em bom ou ótimo estado

Cerca de 42,5% das estradas baianas estão em boas ou ótimas condições. É o que aponta uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada ontem e que chegou a 23ª edição. Em todo o estado, foram analisados quase nove mil quilômetros de rodovias e 3.186 km delas estavam enquadradas nesta situação.

No levantamento, foram avaliadas questões como pavimento, sinalização e geometria da vida. Com relação ao primeiro item, 53,3% das rodovias baianas tinham boas ou ótimas condições (4.791 km). No quesito sinalização, o índice cai para 47,7% – ou 4.288 km. Já quanto a geometria da via, pouco mais de 16% das estradas do estado possuíam esta condição – ou 1.454 km.

Levando em conta as rodovias em si, cinco estiveram entre as 50 melhores avaliadas pela pesquisa da CNT: Juazeiro-Salvador (26º lugar), Brasília-Salvador (32º lugar), Rio de Janeiro-Bahia (35º lugar), Feira de Santana-Rio de Janeiro (37º lugar) e Salvador-Natal (38º lugar). Contudo, em nenhuma delas havia uma rodovia estadual presente, apenas BRs, assim como não havia gestões concessionadas.

PIOR DO BRASIL

Mas, se por um lado há uma boa qualidade nas estradas baianas, por outro, o estado também detém o título indigesto de ter a pior rodovia do país (109ª posição), que liga o município de Barreiras, no oeste, a cidade de Natividade, no Tocantins. Por ela, passam a BA-460 e a BR-242, além das TOs 040 e 280.

Outra cidade do estado também aparece no rol entre as piores estradas do país. Na 103ª colocação, os trechos que ligam as cidades de Ibotirama, no Vale do São Francisco, a Curvelo, em Minas Gerais, foram avaliadas como “regular” pela CNT. Entre as rodovias avaliadas estiveram a BA-030/BR-030; a BA-160; a BR-122; a BR-135; e a MG-122/BR-122.

QUEDA

Além da Bahia, a pesquisa foi feita em todo o país entre os dias 20 de maio e 18 de junho deste ano. E, na ocasião, foi destacado que a qualidade das rodovias brasileiras piorou em 2018.

Segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o estado geral apresenta problemas em 59% da extensão dos trechos avaliados. Em 2018, o percentual foi 57%. Também está pior a situação do pavimento (52,4% com problema), da sinalização (48,1%) e da geometria da via (76,3%). No ano passado, a avaliação foi 50,9%, 44,7% e 75,7% com problemas, respectivamente.

Além disso, o número de pontos críticos identificados ao longo dos mais de 108 mil quilômetros pesquisados aumentou 75,6%, passando de 454 em 2018 para 797 em 2019. Pontos críticos são, entre outros, quedas de barreira e pontes caídas. Essas situações, consideradas atípicas, ocorrem ao longo da via e podem trazer graves riscos à segurança dos usuários, além de custos adicionais de operação.

Por isso, segundo a Pesquisa, as condições das rodovias impactam diretamente nos custos do transporte. Neste ano, estima-se que, na média nacional, as inadequações do pavimento resultaram em uma elevação do custo operacional do transporte em torno de 28,5%. A situação, conforme a CNT, também atinge as que estão sob regime de concessão.

Diante dessa realidade, a entidade ainda destacou que o Brasil desperdiçará mais de 900 bilhões de litros de diesel em 2019. Isso representa um adicional de emissão de 2,46 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), além do custo de R$ 3,3 bilhões adicionais aos transportadores.

Com relação aos acidentes, o levantamento apontou que, em 2018, foram registradas, nas rodovias federais brasileiras, 69.206 ocorrências desta natureza. O prejuízo gerado é da ordem de R$ 9,73 bilhões para o país, com a perda de 5.269 vidas e, ainda, com 76.525 pessoas feridas.

Para Vander Costa, presidente da CNT, o investimento nas rodovias brasileiras deve ser ampliado, para que seja possível manter e expandir a atual malha, garantindo a qualidade do tráfego de veículos. “É urgente a necessidade de ampliar os recursos para as rodovias brasileiras e melhorar a aplicação do orçamento disponível”, afirmou.

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