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Somente 28% dos recursos necessários para recuperar rodovias da BA foi investido em 2019

Apenas 28,38% dos recursos necessários para recuperar as rodovias da Bahia foram investidos em 2019, de acordo com dados da Confederação Nacional de Transportes (CNT) e da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra).
A Pesquisa CNT Rodovias 2019 apontou que é necessário um investimento de R$ 2,10 bilhões para recuperar as rodovias que cortam o estado com ações emergenciais, de manutenção e de reconstrução. O documento revelou que 57,5% da malha rodoviária pavimentada na Bahia apresenta algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima. Os outros 42,5% da malha são considerados ótimos ou bons.  A CNT também constatou que 83,8% da extensão das rodovias baianas são deficitárias e 16,2% ótimas ou boas. As pistas simples predominam em 96%.
Do total de recursos autorizados pelo governo federal para infraestrutura rodoviária especificamente na Bahia em 2019, de R$ 436,60 milhões, foram investidos R$ 330,39 milhões até setembro, que corresponde a 75,7%. A nível estadual, o governo da Bahia investiu R$ 266 milhões em obras de recuperação e pavimentação de 622,06 km de estradas.
A previsão é de que neste ano a malha viária da Bahia ainda receba investimentos na ordem de R$ 416,21 milhões. Deste valor total, R$ 106,21 milhões referente a recursos do governo federal e R$ 310 milhões do governo estadual.
RESULTADOS DA PESQUISA
O levantamento CNT de Rodovias avalia toda a malha federal pavimentada e os principais trechos estaduais, também pavimentados. Em 2019, foram analisados 8.995 km na Bahia. No Brasil o total foi de 108.863 km. Os técnicos identificaram 28 pontos críticos no estado: 10 erosões na pista e 18 trechos com buracos grandes.
Em relação a geometria das vias, a CNT apontou que falta acostamento em 38,1% dos trechos baianos observados. Em relação a malha viária com curvas perigosas, os dados indicam que em 55,7 % não há acostamento e nem defensa. E quanto a sinalização, foi detectado que 52,3% da extensão é considerada regular, ruim ou péssima, e 47,7% ótima ou boa. A faixa central é inexistente em 4,0% da extensão e as faixas laterais são inexistentes em 11,2%.
Os dados ainda revelam um aumento do custo operacional do transporte de aproximadamente 23,2% devido às condições do pavimento. A CNT destaca que este fato reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos. Uma vez que a estimativa da Confederação é de que, em 2019, haverá um consumo desnecessário de 67,6 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento. Esse desperdício poderá custar até R$ 239,35 milhões aos transportadores.

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