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MPF aciona prefeitura de Barreiras e diz que cerca de R$ 115 milhões de verba do Fundef foram distribuídos ilicitamente

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil contra o município de Barreiras, no oeste da Bahia e o prefeito, João Barbosa de Souza Sobrinho, solicitando que as verbas do Fundef, atual Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), sejam usadas exclusivamente para a educação.

Segundo o MPF, embora o município tenha apresentado um plano de aplicação dos recursos apenas para a educação, o prefeito teria distribuído ilicitamente pelo menos R$ 115 milhões em várias contas bancárias diferentes (para dificultar a fiscalização), e depois realizou pagamentos diversos, muitos deles com indicativos de irregularidade.

Segundo a ação, ajuizada em 30 de junho pelo procurador da República Adnilson Gonçalves da Silva, a prefeitura deve aplicar R$ 178.617.634,26 e seus rendimentos exclusivamente na educação pública municipal. Os recursos foram pagos pela União à prefeitura em julho de 2017, como precatório do Fundef.

A equipe de reportagem entrou em contato com a prefeitura de Barreiras, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

De acordo com o MPF, os pagamentos ilícitos contemplaram tributos, taxas, tarifas, despesas ordinárias (para as quais há recursos próprios), empresas vinculadas a servidores públicos, pessoas já condenadas por improbidade administrativa e empresas sem capacidade operacional, além de contratações milionárias de empresas de eventos e publicidade.

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