A pandemia do novo coronavírus pegou muitas pessoas de surpresa, visto que alguns não faziam ideia do quanto o mundo inteiro poderia ser afetado por causa de um vírus, ao ponto dos países fecharem suas fronteiras e a economia praticamente parar por longos meses.
O resultado do isolamento social, a chamada quarentena, causou efeitos emocionais em toda a população, o que não foi diferente para os cristãos. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Barna, por exemplo, mostrou como a pandemia fez aumentar a procura por oração e apoio emocional durante esse período.
Segundo os dados obtidos, 68% dos cristãos buscaram ou ainda buscam em suas igrejas oração e apoio emocional; 44% procuram uma mensagem de esperança centrada na Bíblia e 35% querem se conectar à comunidade de fé.
Por causa da pandemia, no entanto, essas buscas são realizadas principalmente online, através da internet. Por outro lado, o estudo também apontou que 1 em cada 3 cristãos pararam de assistir aos cultos online de suas igrejas, ou de outras.
Essa realidade foi constatada principalmente entre o público mais jovem, o que chamou atenção dos pesquisadores, visto que supunha-se que a familiaridade com a internet facilitaria à adesão desse público aos cultos online.
“Embora as gerações mais jovens possam estar mais acostumadas às rotinas e inovações digitais, seu relacionamento tênue com as instituições parece persistir durante essa era da igreja digital”, disse o relatório da Barna, segundo informações da CBN News.
Segundo a pesquisa, os números negativos em relação à falta de adesão aos cultos online reforça a necessidade de maior acompanhamento espiritual dos jovens, a fim de que eles se fortaleçam e possam suportar os desafios do mundo atual.
“Essas tendências destacam a importância das igrejas continuarem alcançando e discipulando a próxima geração, especialmente aquelas que aparentemente estão se perdendo durante a pandemia”, dizem os autores.
Por fim, a pesquisa ressaltou ainda que durante a pandemia 50% dos cristãos da geração Y (entre 25 e 40 anos) deixaram de frequentar a igreja; 17% da geração X (entre 40 e 55 anos) frequentam uma nova igreja e 40% dos baby boomers (entre 56 e 74 anos) ficaram na mesma instituição.