Os 53 presos na operação Raio-X, deflagrada para investigar um grupo criminoso especializado em desviar dinheiro da área da saúde pública por meio de contratos milionários com municípios e organizações sociais, foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público (MP), na noite desta segunda-feira, 5. Na denúncia, constam os crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção e fraude em licitação.
Com a formalização, os acusados se tornam réus e passam a responder ao processo. De acordo com o MP, foi pedida a conversão da maioria das prisões temporárias para preventiva. Na noite da última sexta-feira, 2, a Justiça prorrogou as prisões temporárias. O prazo terminaria no sábado, 3, mas ainda não deu tempo de a Polícia Civil colher os depoimentos dos presos.
Por este motivo, o Ministério Público pediu a prorrogação de mais cinco dias. A quadrilha, que tinha a participação de políticos, desviou R$ 500 milhões, que deveriam ter sido investidos em hospitais e no tratamento da Covid-19 (novo coronavírus). Até uma casa de prostituição estaria sendo usada para lavagem de dinheiro.
As prisões foram realizadas em cinco estados do Brasil. Entre os presos, está o secretário de Saúde de Penápolis (SP), Wilson Carlos Braz, e o vereador de Birigui (SP) José Roberto Merino Garcia, conhecido como paquinha.