A possibilidade de retorno da aulas presenciais nas escolas da rede pública de ensino da Bahia, previsto por alguns gestores municipais para o início do mês de março deste ano, é vista com cautela pelo governador Rui Costa (PT). Em entrevista ao programa Isso é Bahia, na rádio A TARDE FM, na manhã desta quarta-feira, 27, o petista disse se alinhar e concordar com aqueles que veem urgência no retorno das atividades nas escolas, mas pretende analisar a curva de novos caso da Covid-19 para tomar a decisão.
“Eu já pretendia desde outubro (retornar com as aulas presenciais). Estava tudo pronto, mas os técnicos da Secretaria de Saúde do Estado nos chamaram a atenção sobre o aumento de casos e o relaxamento por parte da juventude. Resolvi esperar a eleição para ver como o quadro ficaria. Os técnicos tinham razão”, afirmou.
Rui Costa disse que o avanço da contaminação pelo coronavírus na Bahia é observado de forma crescente desde o mês de novembro, assim como os óbitos. “Vamos fechar o mês de janeiro com uma média de 35 mortes por dia. Então, estamos na curva ascendente. Vamos ter que aguardar mais duas ou três semanas para decidir sobre o retorno às aulas. Eu tenho, no meu horizonte, a necessidade de urgência da volta às aulas. Quero fazer isso o mais rápido possível. Mas só farei na medida em que eu sinta o mínimo de segurança para professores, funcionários e para os próprios jovens”, pontuou.
O gestor estadual aproveitou a oportunidade para reforçar o apelo aos jovens, sejam da periferia ou classe média, para terem consciência, evitarem festas, bares e aglomerações.