Logo após a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), usou as redes sociais para dizer que a Casa “não deve refletir a vontade ou a posição de um indivíduo, mas do coletivo de seus colegiados, de suas instâncias e de sua vontade soberana, o Plenário”.
A Constituição prevê que, em caso de prisão de parlamentares, “os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão”. Sendo assim, Lira ressaltou que vai seguir todo o procedimento regular, com isonomia.
“Nesta hora de grande apreensão, quero tranquilizar a todos e reiterar que irei conduzir o atual episódio com serenidade e consciência de minhas responsabilidades para com a Instituição e a Democracia. Para isso, irei me guiar pela única bússola legítima no regime democrático, a Constituição. E pelo único meio civilizado de exercício da Democracia, o diálogo e o respeito à opinião majoritária da Instituição que represento”, compartilhou no Twitter, no fim da noite desta terça-feira (16).
Diversas pessoas usaram a rede social para cobrar que Lira e a Câmara mantenham um posicionamento adequado ao caso. Daniel Silveira é um deputado bolsonarista e o presidente da Casa foi eleito com as bênçãos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
PRISÃO DE DEPUTADO BOLSONARISTA
O deputado Daniel Silveira foi detido pela Polícia Federal (PF) na noite de ontem, sob determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão ocorreu depois que ele publicou um vídeo com ataques aos magistrados da Corte, mas o parlamentar já é investigado no inquérito que apura atos antidemocráticos com ataques contra os poderes Legislativo e Judiciário e também no inquérito das fake news