Variantes do coronavírus Sars-CoV-2 foram detectadas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) em 10 Estados brasileiros, das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Por meio de testagens com o novo protocolo de RT-PCR, a fundação confirmou nessas unidades da Federação a circulação de variantes do coronavírus, que podem ser a P1, identificada inicialmente no Amazonas, a B.1.1.7, no Reino Unido; ou a B.1.351, na África do Sul.
Em 6 Estados, o coronavírus identificado inicialmente na China já não é mais o principal causador da covid-19. As variantes do vírus são potencialmente mais transmissíveis e podem estar relacionadas aos aumentos vertiginosos de novos casos nos Estados pesquisados.
“Dos 8 Estados avaliados neste recorte, apenas 2 não tiveram prevalência da mutação associada às variantes de preocupação superior a 50%: caso de Minas Gerais, com 30,3% das amostras testadas como positivo para a mutação e, Alagoas, com 42,6%. Nos demais Estados, mais de 50% das amostras foram identificadas com a mutação associada às ‘variantes de preocupação’”, informou a Fiocruz.
A alta circulação de pessoas e o aumento da propagação do vírus Sars-CoV-2 tem favorecido o surgimento de “variantes de preocupação” no Brasil, como é o caso da variante P1, identificada no Amazonas. O comunicado alerta para um cenário preocupante que alia o perfil potencialmente mais transmissível dessas variantes à ausência de medidas que possam ajudar a conter a propagação e circulação do vírus.
O documento destaca ainda como fundamental a adoção das medidas que possam reduzir a velocidade da propagação e o crescimento do número de casos, como a restrição da circulação e das atividades não essenciais e a implementação imediata de planos e campanhas de comunicação, o fortalecimento do sistema de saúde e a necessidade de constituição de um pacto nacional para o enfrentamento da pandemia.
Com informações da Agência Brasil