A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) prevê agravamento da pandemia da Covid-19 e pressão sobre o sistema de saúde cerca que 15 dias após as datas do São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho), sinalizou o titular da pasta, Fábio Vilas-Boas, nesta terça-feira (1º). Segundo ele, o governo do estado praticamente esgotou as medidas possíveis de adotar para evitar esse novo aumento de casos e demanda por serviços de saúde. O que resta agora é medidas de repressão e o diálogo com prefeitos para analisar a possibilidade de cancelamento do feriado do dia 24 em um caso extremo.
As tradicionais festas de São João e São Pedro já estão suspensas na Bahia. O governo do estado também proibiu a circulação de ônibus intermunicipais no período para evitar que as pessoas viajem e promovam festas clandestinas e aglomerações do interior do estado.
“Eu acho que mês de junho e julho serão muitos piores do que foram abril e maio. Sabemos que haverá migração de pessoas para zona rural, elas farão seus forrós nos sítios e fazendas, mesmo sem a movimentação de ônibus, isso vai acontecer, e nós vamos ter um pico entre 15 a 20 dias depois do São João e São Pedro”, previu o secretário em entrevista ao programa Isso é Bahia, uma parceria da A Tarde FM 103,9 e o Bahia Notícias.
Na avaliação de Vilas-Boas, apesar dessas medidas, as festas nas casas das pessoas e nas propriedades privadas “acontecerão aos milhares”.
“O que poderíamos fazer já fizemos que foi cancelar as festas e proibir os ônibus, daqui pra frente é só repressão com forças de segurança do estado, dos municípios, para impedir festas e aglomerações. Mas as festas que acontecem no interior das casas são difíceis de inibir, e elas acontecerão aos milhares”, disse o secretário da Saúde ao apelar para o bom senso da população.
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