O investimento médio em segurança pública na Bahia não chegou nem a 5% nos últimos 15 anos, período em que o estado esteve sob gestões do PT.
De 2007, início do governo Jaques Wagner, até 2021, o investimento no setor correspondeu apenas a 4,07% do aporte total do Estado. Em números absolutos, ao longo de quatro mandatos, o governo aplicou R$ 1.3 bilhão, diante de um montante geral de R$ 32,6 bilhões.
No governo Rui Costa, a média foi ainda pior e caiu para 3,40% do total de despesas em investimento. De 2015 a 2021, o governo só investiu R$ 662.142 milhões no universo de R$ 19.462.772 bilhões. Os dados são da plataforma Fiplan/Balanço do Estado.
“Isso mostra que o PT nunca deu prioridade à questão da segurança pública e proteção dos baianos. O caos na segurança é um problema crônico que o PT não conseguiu e nem consegue resolver”, disse, nesta terça-feira (10), o deputado estadual Sandro Régis, líder da bancada de Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
No último final de semana, três policiais militares foram assassinados em menos de 24 horas. No sábado (7), o soldado Alexandre José Ferreira Menezes Silva, de 30 anos, levou um tiro na cabeça enquanto trabalhava no bairro de Águas Claras e morreu a caminho do hospital. Outros dois policiais, Victor Vieira Ferreira Cruz e Shanderson Lopes Ferreira, foram assassinados no domingo (8), na região de Cajazeiras, quando voltavam do sepultamento de Alexandre.
“A população está completamente apavorada porque a ousadia dos bandidos é tanta que agora até os policiais viraram alvos”, pontua o deputado Sandro Régis, ao lamentar a onda de violência que se alastrou na Bahia.
Por causa dos ataques e da insegurança, pelo menos 16 escolas (duas estaduais e 14 municipais) da região de Cajazeiras estão sem aulas desde a segunda-feira (9).
“A realidade é que o PT perdeu a guerra contra a criminalidade, abandonou as forças de segurança da Bahia e quem paga o pato é a população”, diz o parlamentar líder da oposição.
Muitas cidades do interior contam apenas com dois policiais ou às vezes nenhum. Somam-se a isso denúncias da falta de equipamentos e até combustíveis para as viaturas.
“Agora, na boca da eleição, o governador fica prometendo fazer concurso e comprar armas. É uma ação meramente eleitoreira e a Bahia está cansada disso”, sustenta Sandro Régis.