O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1% no 1º trimestre, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, segundo divulgou nesta quinta-feira (2) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Frente ao mesmo trimestre de 2021, o avanço foi de 1,7%. Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 2,249 trilhões.
Trata-se do terceiro resultado positivo, depois do recuo no segundo trimestre de 2021 (-0,2%).
O resultado representa uma aceleração frente aos trimestre anteriores, impulsionada pelo setor de serviços – o mais impactado pela pandemia e de maior peso na economia –, que ainda tem encontrado espaço para recuperar o nível de atividade pré-Covid, apesar dos impactos da inflação e dos juros altos.
“Com esse resultado, o PIB está 1,6% acima do patamar do quatro trimestre de 2019, período pré-pandemia, e 1,7% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, registrado no primeiro trimestre de 2014. O nível está próximo do registrado no primeiro trimestre de 2015”, destacou o IBGE.
Entre os grandes setores, houve queda na agropecuária (-0,9%), leve recuo na indústria (0,1%) e elevação dos serviços (1%). Pela ótica da despesa, a o consumo das famílias cresceu (0,7%), o consumo do governo teve leve alta (0,1%) e os investimentos tiveram queda (-3,5%).
O avanço veio dentro do esperado. Mediana de pesquisa do jornal “Valor Econômico” com 82 instituições financeiras e consultorias projetava uma alta de 1% para o PIB do 1º trimestre, em relação ao 4º trimestre de 2021.
OIBGE revisou os dados trimestrais do PIB de 2021. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a alta do primeiro trimestre foi de 1,1%, ao contrário do crescimento de 1,4% divulgado anteriormente. Já a queda registrada no segundo trimestre foi revisada de -0,3% para -0,2%. No terceiro trimestre, houve crescimento de 0,1% em vez de queda de 0,1% da leitura anterior. Já a alta do 4º trimestre passou de 0,5% para 0,7%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é o principal indicador usado para medir a evolução da economia.
O bom resultado do 1º trimestre e indicadores antecedentes positivos nos últimos meses têm levado a uma revisão para cima das projeções para o crescimento da economia em 2022. Analistas apontam para um avanço do PIB acima de 1% no ano, enquanto o governo estima uma alta de 1,5%. Por outro lado, parte das previsões para 2023 têm sido revistas para baixo, com algumas casas apontando para um crescimento até mesmo abaixo de 0,50%, em meio à inflação persistente, juros em alta, temores de recessão global e incertezas relacionadas à corrida eleitoral no Brasil.
Em 2021, o PIB do Brasil cresceu 4,6%, após o tombo de 3,9% em 2000.
Fonte: G1.com.br