A vacinação nos primeiros anos de vida é uma estratégia fundamental para evitar que crianças e adolescentes desenvolvam formas graves de doenças que podem ser evitadas.
Apesar da importância da imunização, os dados epidemiológicos mostram que, desde 2016, o Brasil não consegue alcançar as coberturas vacinais desejáveis para a maioria das doenças com imunizantes disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
Um dos motivos para a baixa adesão é o mito de que o grande número de vacinas aplicadas nos primeiros 15 meses de vida sobrecarrega o sistema imunológico das crianças. Ao Metrópoles, a pediatra e coordenadora do Programa Estadual de Imunização de São Paulo, Helena Keico Sato, explica que isso é um mito e que a aplicação de mais de uma vacina no mesmo dia é uma estratégia segura.
“Estudos mostram que a aplicação simultânea de vacinas é segura, eficaz e não causa aumento de reação adversa ou resposta imunológica exacerbada, mesmo que as vacinas sejam aplicadas de modo simultâneo ou combinado – como a vacina pentavalente”, afirma a médica.
A médica lembra que as vacinas disponíveis no SUS passam por um rigoroso controle de qualidade. “A norma técnica [do Programa Nacional de Vacinação] faz todas as indicações sobre a vacinação: idade a ser aplicada, intervalo entre as doses, armazenagem”, detalhou.
A pediatra destaca que nem todas as crianças têm reações após a vacinação e, nos casos de febre, dor local e outros efeitos esperados, medicações para alívio dos sintomas podem ser administradas segundo indicação médica. “Se compararmos as reações, como febre e dor local, elas são muito mais brandas do que a doença”, aponta Helena.
Fonte: Bahia Noticia