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Caixa prevê que consignado comece na segunda quinzena deste mês; maiores bancos privados não vão aderir

A presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, informou nesta terça-feira (4) que a instituição está trabalhando para oferecer o crédito consignado para os beneficiários do Auxílio Brasil na segunda quinzena de outubro, ou seja, antes do segundo turno das eleições.

No empréstimo consignado, o desconto é direto na fonte. Em razão de as parcelas serem descontadas diretamente da folha de pagamentos, os bancos têm a garantia de que as prestações serão pagas em dia.

As regras para o consignado do Auxílio Brasil foram publicadas na semana passada pelo governo. De acordo com as normas, o número máximo de parcelas será de 24, e a taxa de juros não poderá ser superior a 3,5% ao mês.

Após a publicação, os bancos interessados, que segundo o governo somam 60 instituições financeiras, demoram um prazo para lançar a linha de crédito.

“Estamos nesses ajustes. A previsão é que aconteça a partir da segunda quinzena de outubro para atender à população mais vulnerável do Brasil”, disse Daniella Marques, presidente da Caixa. Ela informou, ainda, que a taxa de juros cobrada pelo banco ficará abaixo do teto de 3,5% ao mês.

O valor máximo que poderá ser contratado será aquele em que as parcelas comprometam até 40% do valor mensal do benefício. Mas em vez de ser considerado o valor mínimo atual do benefício de R$ 600, que só vale até dezembro, valerá o de R$ 400. Assim, o valor da parcela será de no máximo R$ 160.

Críticas

 

A oferta de crédito consignado por meio do Auxílio Brasil tem sido criticada por especialistas e entidades. Eles alegam que a medida pode ser danosa à população, porque os recursos do programa de transferência de renda costumam ser utilizados para gastos básicos de sobrevivência.

Com o empréstimo, no entanto, o cidadão pode ter até 40% do benefício descontado antes do pagamento.

Fazer um empréstimo consignado ligado ao Auxílio Brasil pode valer a pena para quem tem alguma necessidade urgente e inadiável – mas não para pagar as contas do dia a dia, ou para fazer compras desnecessárias.

Isso porque o crédito pode comprometer a renda disponível do beneficiário por um longo prazo. Assim, pode faltar dinheiro por vários meses para fazer gastos essenciais, como alimentação.

A presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, avaliou, porém, que o crédito será uma oportunidade para os beneficiários do Auxílio Brasil quitarem empréstimos com juros mais altos, como o cartão de crédito rotativo, ou para investirem nos seus negócios.

Fonte: G1.globo.com

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