Dos oito animais que ele tinha, um nunca foi encontrado, dois morreram e cinco foram para novos lares no Rio de Janeiro com o consentimento da família de Jeff.
Os cães da raça setter inglês do ator Jeff Machado, de 44 anos, já foram adotados.
Os animais, que foram fundamentais para ajudar a desvendar o sumiço, e posteriormente a morte de Jeff, foram para novos lares no Rio de Janeiro, com o consentimento da família do ator.
“Um está desaparecido, um foi atropelado e faleceu, e outro faleceu após o resgate. Os cinco que sobraram, ficaram em tutela do irmão do Jeff, que os doou para famílias que ele julgou serem boas e responsáveis”, informou a ONG Indefesos, que ajudou no resgate dos cães e no contato com a família de Jeff.
cãozinho resgatado que morreu foi Caetano Veloso – os cachorros têm nomes de ídolos da MPB. Ele foi o último a ser achado, em Campo Grande – mesmo lugar em que o corpo de Jeff foi achado -, e bastante debilitado.
Caetano Veloso, ao ser resgatado, e lindo, sob o cuidado de Jeff: animal não resistiu — Foto: Reprodução/Redes sociais
“Ele foi encontrado em um dia e morreu no outro à noite. Estava muito fraco e anêmico”, contou o veterinário André Meirelles, que cuidava dos animais, e foi acionado pela Indefesos.
André ajudou cuidar e abrigar os setters, enquanto eles não iam para um lar temporário, e contou um pouco sobre a história dos animais com Jeff.
Animal pode custar até R$ 3, 5 mil
Questionado se a pessoa que abandou os cães de Jeff, além de desumanidade, cometeu uma estupidez ao jogar um animal cuja raça pode valer até R$ 3,5 mil, o veterinário diz que não exatamente, e revela uma história de amor do ator pelos animais.
“Essas questões de preço são muito relativas porque esse preço é atribuído a filhotes – os do Jeff já eram adultos. Se o animal tem porte para participar de shows, é um preço, ou se vai ser reprodutor, tem outro”, esclarece.
André Meirelles conta que alguns dos cães de Jeff, por exemplo, vieram do chamado refugo, animais de uma ninhada que, por algum motivo, não são comprados ou adotados.
“Nós temos uma amiga, a Patrícia Triacca, que é criadora de setters e, volta e meia, quando sobrava um de refugo, ele pegava e criava. Jeff amava demais os cães dele, só uma grande tragédia, o separaria deles”, contou.
Por Eliane Santos, g1 Rio