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Inverno: Morro do Chapéu é a 2ª cidade mais gelada do Nordeste 

Entramos na temporada de inverno no Hemisfério Sul. Desde o último dia 21 de junho, e até 21 de setembro, os dias são marcados por uma menor duração da luz do sol. Em consequência, um tempo mais gelado. E neste ano, devido a uma série de fatores, o inverno já é considerado um dos mais rigorosos dos últimos tempos. Em cidades brasileiras já famosas pelo frio intenso, como Campos do Jordão (SP), Gramado (RS), Monte Verde (MG), Petrópolis (RJ), São José dos Ausentes (RS), São Joaquim (SC) e Curitiba (PR), as temperaturas já ficaram abaixo de 0ºC graus e os dias começam com neblina, geada e, em alguns locais, neve. E de acordo com a meteorologia, uma massa de ar polar vinda da Argentina vem derrubando as temperaturas não apenas no Sul e no Sudeste, mas também em estados do Centro-Oeste e até do Norte, como Acre e Rondônia.

O Nordeste, marcado pelo calor e pelo sol intenso, sente pouco os efeitos do inverno, mas entra durante esta fase do ano no que ficou conhecido como “quadra chuvosa”, isto é, quatro meses do ano em que há uma maior intensidade de chuvas, principalmente no litoral. O que muita gente não sabe é que algumas cidades do interior da região também enfrentam temperaturas muito baixas, em torno de 10ºC, o que dá a elas um ar de “Europa tropical”. Essa imagem acaba se revertendo positivamente, pelo aumento no número de visitantes ou de pessoas das capitais que se mudam para lá em definitivo, buscando paz e sossego. E motiva as prefeituras locais a promoverem festivais de inverno com boas atrações musicais e culturais (interrompidos agora por causa da pandemia).

Em Pernambuco, uma das cidades frias mais conhecidas é Triunfo, no sertão do estado, próximo à divisa com a Paraíba. Conhecida como “Oásis do Sertão”, ela fica a 1.010 metros de altitude, no Planalto da Borborema, e registra uma temperatura média de 15ºC em julho, mas já marcou um recorde de 11,1º. Outra cidade que também esfria muito é Garanhuns, no agreste, que também é chamada de “Suíça Pernambucana”. A fama é justificada pela temperatura de julho: média de 16ºC e recorde de 9ºC. O “circuito do frio” é completado por Gravatá, também no agreste, que fica a 447 metros de altitude e atinge as mesmas médias de temperatura, fazendo dela um local preferido de veraneio e descanso para quem mora no Recife.

Em Alagoas, a cidade mais fria do estado é Mar Vermelho, na Zona da Mata, que situa-se a 732 metros de altitude e já marcou 10ºC em seus termômetros no mês de julho. Também é conhecida como “Suíça alagoana”, seu clima frio e seco é recomendado por especialistas para auxiliar no tratamento de doenças respiratórias. Já em Sergipe, a cidade de temperaturas mais baixas é Simão Dias, que apesar dos seus 250 metros de altitude, fica no centro-sul do estado, junto à divisa com a Bahia e na área conhecida como “Polígono das Secas”. Ali, a temperatura mais baixa é de 12ºC.

Em nível de região Nordeste, uma opção mais fria é Guaramiranga, no Ceará, a pouco mais de 100 quilômetros da capital Fortaleza. A cidade é encravada na Serra do Baturité, considerada de proteção ambiental, e registra uma média entre 10ºC e 13ºC entre julho e setembro. Mas as cidades mais geladas ficam na Bahia, mais precisamente na Chapada Diamantina. Piatã e Morro do Chapéu ficam acima dos 1 mil metros de altitude e são muito procuradas pelo clima agradável e pelas trilhas de exploração em suas áreas de serra. As temperaturas na região ficam na média de 10ºC durante o inverno, mas já atingiram recordes de 7,2ºC em Morro do Chapéu e 9,6ºC em Piatã. Quem não fica atrás é Vitória da Conquista, no sudoeste baiano e uma das principais do estado: Situada a 923 metros, ela já teve inacreditáveis 6ºC em julho e registra uma média entre 13ºC e 15ºC durante a temporada.

Asscom | Grupo Tiradentes
com informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)

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