O governo federal projeta que o valor do salário mínimo no próximo ano alcance a marca de R$ 1.421, de acordo com informações fornecidas por fontes do governo. Essa cifra segue a fórmula de correção da política de valorização proposta pelo Executivo, que consiste em reajustar o salário mínimo com base na inflação do ano anterior e na variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, tendo como referência o aumento de 2,9% observado no PIB em 2022.
Esses números são fundamentais para nortear as estimativas do Orçamento para o ano de 2024, que está sendo elaborado pelo governo e tem previsão de envio até o dia 31 de agosto. Atualmente, o salário mínimo nacional é de R$ 1.320.
No entanto, é importante ressaltar que o valor final do salário mínimo para 2024 pode sofrer alterações até sua efetivação em 1º de janeiro, particularmente se ocorrer uma aceleração ou desaceleração da inflação. A estimativa atual do governo é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) tenha um aumento de 4,48% em 2023.
No mês de abril, quando enviou o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2024, o governo considerou um valor mínimo de R$ 1.389, calculado a partir de uma projeção de inflação de 5,2%, sem incorporar, naquela ocasião, a política de valorização que foi oficialmente encaminhada em maio.
A implementação dessa política de valorização do salário mínimo terá um impacto significativo nas contas públicas. O custo adicional estimado pelo governo para bancar o reajuste extra é de aproximadamente R$ 18,1 bilhões no próximo ano. Mais de metade das despesas federais é influenciada pela dinâmica do piso nacional. Segundo informações presentes no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, a cada R$ 1 a mais de reajuste no salário mínimo, há um aumento de R$ 3,9 bilhões nas despesas com benefícios equivalentes ao piso, excluindo aqueles que possuem valor superior a um salário mínimo.