Segundo a gestão estadual, Prêmio por Desempenho Policial, conhecido como PDP, é voltado aos policiais que diminuíram as mortes violentas nas suas áreas.
Policiais civis e militares e agentes do Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Bahia receberão o Prêmio por Desempenho Policial (PDP) com aumento de 35%. A ação faz parte de um pacote de reestruturação da Segurança Pública que foi votado e aprovado.
O governo estadual publicou na edição do Diário Oficial desta quinta-feira (7), as regras para a concessão do prêmio. O PDP é pago aos policiais que diminuíram as mortes violentas nas suas áreas. As unidades policiais que, nas regiões de atuação, alcançaram redução de 6% (meta estipulada) receberão o maior valor.
Ganharão prêmios menores aqueles que conseguiram reduções equivalentes a 50% e 20% da meta estipulada.
De acordo com o governo do estado, a Bahia apresentou nos seis primeiros meses deste ano uma diminuição de 4% dos assassinatos, na comparação com o mesmo período de 2022.
Criado em 2011, o governo estadual informou que já pagou através do PDP cerca de R$ 322 milhões para 256 mil policiais que diminuíram as mortes violentas nas suas respectivas áreas. Entre 2016 e 2022, os assassinatos recuaram 22,5% na Bahia.
O anúncio do prêmio foi publicado no Diário Oficial em meio a uma onda de violência que o estado vive. Em Salvador, diversas trocas de tiros e ações com 17 reféns liberados têm feito moradores do bairro do Alto das Pombas, em Salvador, deixarem as suas casas.
Desde domingo (3), 11 pessoas foram mortas em confronto com a Polícia Militar e oito foram presas no Alto das Pombas e Calabar, bairro vizinho. Mais de 15 armas foram apreendidas.
- ‘A gente não tem direito de ficar em casa’, diz morador após intensa troca de tiros em Salvador
A noite de terça e a madrugada de quarta (6) foram marcadas por tiroteios em outros dois bairros da capital baiana: Engenho Velho de Brotas e Nordeste de Amaralina.
Governador descarta intervenção
Governador da Bahia nega intervenção federal no estado, mas admite possibilidade — Foto: Rafael Martins/GOVBA
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, negou que vai pedir intervenção federal para a segurança pública do estado, após os casos de violência registrados no início desta semana, em Salvador. No entanto, o gestor admitiu a possibilidade de adotar a medida futuramente, caso entenda que isso seja necessário.
“Se precisar, não terei problema, mas não há ambiente agora para a gente poder duvidar [da segurança da Bahia]. Não é preciso a intervenção do governo federal no estado da Bahia. Estamos tranquilos e firmes com isso”, disse o governador.
O declaração foi dada antes de Jerônimo Rodrigues participar do tradicional desfile do 7 de setembro, no Campo Grande, em Salvador, na manhã desta quinta-feira (7).
“A Polícia Civil, a Polícia Militar, a nossa fala, é uma fala máxima de segurança. Mas já estamos tendo uma parceria com a Polícia Federal, tanto nas ações de inteligência quanto nas intervenções feitas”, pontuou.
No dia 11 de agosto, a PF e a Secretaria de Segurança Pública da Bahia lançaram a ‘Força Integrada de Combate ao Crime Organizado’. A assinatura do Acordo de Cooperação Técnica visa fortalecer a relação entre os dois órgãos, com o objetivo de intensificar, em caráter especial, o enfrentamento às organizações e associações criminosas.