Lula, Wyllys e Pimenta: convite do presidente teria sido sabotado por ministro. - Foto: Cláudio Kbene | PR
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Jean Wyllys acusa ministro de Lula de sabotar sua entrada no governo

Ex-deputado baiano diz que Paulo Pimenta usou verbas públicas para financiar boicote ao seu nome

Após desistir de assumir a comunicação digital do governo Lula, o jornalista e ex-deputado fedral Jean Wyllys (PT) acusa o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, de “mau-caráter”. Em entrevista ao podcast Bee40tona, no YouTube, na quinta-feira, 7, Wyllys afirmou que foi sabotado pelo gestor da pasta.

Segundo o ex-deputado, Lula o chamou para uma reunião com Pimenta e teria afirmado que o governo “não estaria bem com a comunicação digital”. Ele acrescenta que o presidente “deu a ordem” para que fosse incorporado à Secom.

Jean Wyllys comentou que já havia avisado Lula e o ministro de que não “gostaria de estar na linha de frente”, em função das ameaças de morte que recebeu logo após as eleições de 2018, quando era deputado pelo PSOL..

O ex-parlamentar deixou claro que trabalharia “na retaguarda”. Ele acusa Pimenta de ter “orientado” os veículos de mídia, barganhando verbas publicitárias, a fim de repudiar os comentários em que atacava o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

A troca de postagens ocorreu durante uma discussão sobre a manutenção de escolas cívico-militares, modelo educacional encerrado pelo governo Lula. Wyllys chamou Leite de “gay com homofobia internalizada”. O governador gaúcho acionou o Ministério Público contra o ex-parlamentar.

“Era evidente que havia orientação da Secom para isso, de dizer e parecer que eu era tóxico e radioativo para o governo porque eu critiquei o Eduardo Leite.”  “Ele [Pimenta] utilizou o tuíte que eu fiz sobre Eduardo Leite para isso. (…) Paulo Pimenta fez esse trabalho de defenestração da minha imagem, de uma maneira sórdida. Eu vou dizer isso para você, digo sem medo agora, Paulo Pimenta é um mau-caráter. Essa é a verdade”, disse Jean Wyllys.

Diante do ocorrido, o ex-deputado optou por ficar fora do governo Lula. “Se para estar no governo, eu preciso me silenciar, não posso criticar o Eduardo Leite, não posso apontar os equívocos do próprio Lula, eu prefiro não estar. Eu não sou esse”..

 

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