Foto: Romildo de Jesus
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Idosos acham que valor da aposentadoria não é suficiente

Segundo levantamento do Serasa, 1 em cada 3 idosos está consumindo das reservas financeiras que fez ao longo dos anos.

Por Quézia Silva

Eles passam grande parte da vida trabalhando duro para no futuro terem um merecido descanso. Sustentar a família e cuidar de si mesmos são os sacrifícios que muitos deles precisam fazer. Porém, boa parte dos idosos já aposentados acham que o valor do benefício previdenciário não está compensando muito e precisa se virar de outras formas.

De acordo com o levantamento da Serasa, 70% dos idosos no Brasil acreditam que o dinheiro de uma aposentadoria não é o suficiente para viver. Além disso, um em cada três idosos está consumindo das reservas financeiras que fez ao longo dos anos. Ainda segundo o levantamento, os gastos com alimentação (69%) e com saúde (49%) são os que têm maior relevância.

Cada vez mais é possível notar que pais, filhos e netos moram todos numa mesma residência. Por um lado, essa convivência é importante, pois há aprendizado e todos cuidam de todos. Por outro lado, várias pessoas convivendo debaixo do mesmo teto podem afetar a saúde financeira de toda a família, incluindo a aposentadoria dos mais velhos.

Muitas vezes, a pedido dos filhos, eles solicitam empréstimos às financeiras, sem contar todo o gasto com comida, remédios e outras contas pessoais. Todos esses fatores fazem com que o dinheiro da aposentadoria não seja suficiente, fazendo com que muitos idosos utilizem o dinheiro que economizaram durante a vida de trabalho duro.

Quando a conta não fecha, idosos aposentados precisam recorrer aos empréstimos | Foto: Romildo de Jesus

O levantamento feito pelo Serasa ainda destaca que 58% dos idosos brasileiros acreditam que não conseguiram se planejar financeiramente para a melhor idade. Como é o caso de dona Maria Nascimento (74).

“Sinceramente, não acho que o dinheiro da aposentadoria é suficiente. Porque, quando você vai ver, o valor da aposentadoria de R$1.300, é impossível pagar a luz, e principalmente a parte da alimentação que está extremamente alta. E tenho muitas contas também. Não consegui fazer um planejamento para o futuro, pois eu tinha duas filhas para criar. Meu marido ajudava, mas não era o suficiente. Atualmente, tenho uma mercearia que complementa e muito a renda aqui em casa. É preciso economizar, mas nos tempos que estamos vivendo está difícil juntar dinheiro”, confessou.

“A conversa sobre dinheiro deve ser um hábito cada vez mais presente nos lares brasileiros, incentivando esse assunto entre os membros da família. A educação financeira, a partir de cursos, conteúdos na internet ou livros é de grande ajuda nesse sentido, assim como a organização e planejamento das finanças, para que todos estejam cientes sobre a situação econômica da família e possam dividir as despesas, de acordo com os orçamentos”, ressaltou Clara Aguiar, especialista em educação financeira da Serasa.

Agência Brasil

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