A Câmara de Vereadores confirmou o ocorrido em um comunicado oficial, esclarecendo que Marcelo Maia não foi alvo de qualquer mandado
Por Mateus Soares
Ontem (17), a Câmara Municipal de Salvador (CMS) teve um mandado de busca e apreensão cumprido em suas dependências. A investigação estava direcionada a Fabiana Dias, assessora do vereador Marcelo Maia (PNM), conforme informado pela assessoria de imprensa da Casa à Tribuna da Bahia.
A Câmara de Vereadores confirmou o ocorrido em um comunicado oficial, esclarecendo que Marcelo Maia não foi alvo de qualquer mandado. A operação, conduzida pelas policiais Civil e Federal, tinha como foco exclusivo a assessora, que estava entre as oito pessoas detidas na 5ª Fase da Operação Noise.
Fabiana é suspeita de fazer parte de um grupo criminoso e de ter vínculos com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ela foi presa em um apartamento no bairro de Itapuã, momentos antes das buscas e apreensões realizadas no gabinete do vereador.
No mesmo local, Fabiana foi encontrada na companhia de Carlos Ricardo Sampaio Rosário, seu ex-companheiro, conhecido como “Ricardo Cabeção”, apontado como líder do tráfico de drogas na localidade Manguinhos, no Engenho Velho de Brotas. Ricardo também foi detido na 5ª fase da Operação Noise no mesmo dia. Ele havia entrado para o Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública do Estado no lugar do assaltante Jorge dos Santos Santiago, o “Laranjinha”.
A Polícia Civil conduziu a operação, que resultou na prisão da assessora e do ex-companheiro, cumprindo um total de 70 mandados judiciais. Estes mandados foram emitidos pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e foram executados em diferentes bairros, incluindo Engenho Velho de Brotas, Piatã, Tororó, Imbuí e na Avenida Antônio Carlos Magalhães (ACM).
Os alvos da operação são suspeitos de envolvimento em crimes relacionados ao tráfico de armas, drogas e crimes contra a vida.
Com a palavra, Marcelo Maia - Em nota encaminhada à reportagem, a assessoria de comunicação do vereador de Salvador garante “que não há qualquer tipo de investigação relacionada às condutas do edil”.
“Trata-se de uma operação deflagrada pela Polícia Federal, com foco em uma liderança comunitária, presidente de uma Associação de Moradores, que atua na região do bairro do Engenho Velho de Brotas pelo gabinete do vereador. No local, a PF analisou documentos e computadores utilizados pela colaboradora”, explica o comunicado.
No mesmo material, Marcelo Maia destaca ainda que a “Polícia Federal ressalta que não há nenhum tipo de irregularidade relacionada às atividades do vereador”. “Este ressalta sua integridade e sério compromisso com suas atividades parlamentares; colocando-se ainda à disposição para colaborar com as investigações e com quaisquer outros esclarecimentos necessários”, completa a nota.
Tribuna da Bahia
