Primeira parcela do benefício começa a ser paga dia 30, a segunda em 20 de dezembro
A chegada do final do ano é muito aguardada pelos trabalhadores e comerciários, e não somente pela festa natalina e de virada de ano, mas pelo tão aguardado 13° salário. A primeira parcela benefício começa a ser paga em 30 de novembro e a segunda em 20 de dezembro. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) estima que o pagamento do 13° salário, colocará R$291 bilhões na economia do país. A Bahia deverá receber até o final de 2023, cerca de R$12,1 bilhões, aproximadamente 4,2% do total do Brasil e 26,5% para a região Nordeste. Representa 2,8% do PIB estadual, tendo como média R$2.308,35 de valor recebido por pessoa.
Os cálculos mostram que 4,8 milhões de pessoas devem receber o 13º no estado, equivalente a 5,5% do total de pessoas que terão acesso ao benefício, sendo que 26,4% desse percentual corresponde a região nordeste. Os empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários, representam 52,7%, enquanto pensionistas e aposentados do INSS equivalem a 46,2%. O emprego doméstico com carteira assinada responde por 1,1%.
O economista Guilherme Dietze, da Fecomércio, afirma que essa estimativa de valor que será distribuída na Bahia é muito importante, impactando positivamente alguns setores. “É uma variável extremamente relevante para o desempenho das vendas do último bimestre que envolve o black friday e o natal. Temos um contingente de pessoas formalmente empregadas bem maior do que o no ano passado, então deve haver também uma injeção do 13° salário e isso vai impactar bastante a economia sobretudo os bens essenciais do comércio como supermercado, farmácias e até mesmos os setores que chamamos de semiduráveis que são beneficiados sobretudo no natal, que são os setores de vestuário.”, afirma.
Esse benefício complementa o salário do trabalhador, que usa os dois valores juntos na quitação de dívidas antigas, nas compras de final de ano quando acontecem grandes liquidações no comércio. É uma época que gera um bom faturamento para os lojistas, e para o setor crediário onde o número de inadimplentes tende a sofrer uma considerável queda.
“No entanto, é importante ressaltar que esses recursos também são importantes para o pagamento de dívidas em atraso, ajudando na redução da inadimplência que já vem caindo desde o ano passado em Salvador, chegando ao patamar de 25% para o número de famílias com contas em atraso. O programa desenrola e os feirões de inadimplentes que ocorrem no final do ano ajudam a cair ainda mais esse valor, liquidando a dívida que depois volta ao consumo de uma maneira mais eficiente e produtiva, até mesmo para o comércio.
Que é um setor que precisa de um consumidor saudável e de longo prazo, então é importante para o varejo e para as famílias esse recurso do 13° salários. E esse ganho de renda, é uma melhora na condição dos setores básicos da economia, que são os supermercados, farmácias, vestuários, lojas de eletrodomésticos. Então de maneira geral a estimativa de repasse do valor esse ano é muito importante para a economia baiana.”, salienta o economista.
Distribuição do valor
Na hierarquia da distribuição dos valores, os empregados formalizados ficam com 65,9% de R$7,98 bilhões e os beneficiários do INSS, com 26,4% de R$3,20 bilhões. Em seguida os aposentados e pensionistas do regime próprio do estado receberão 7,0% de R$842,6 milhões e aos do Regime Próprio dos municípios, 0,8% de R$97,2 milhões. A região Sudeste deverá receber a maior parcela do 13° salário (50%), porque tem a maior concentração econômica e um maior número de empregos formais, aposentados e pensionistas. Em sequência vem a região Sul com 17%, Nordeste com 15,7%, e as regiões Centro-Oeste e Norte com respectivamente, 8,8% e 5%. A estimativa de recebimento para os comerciários é de 13,1%.
Por Amanda Queiroz/Tribuna da Bahia