Conhecida por suas trilhas que descortinam morros, grutas e cachoeiras, a Chapada Diamantina, na Bahia, vem se tornando destino de observadores de aves nos últimos anos.
Um dos responsáveis por esse movimento é o Augastes lumachella, mais conhecido como beija-flor-de-gravata-vermelha ou gravatinha, como é carinhosamente chamado pelos admiradores.
Esse animal existe somente na porção norte da Serra do Espinhaço, que abrange a Chapada. E, apesar de ser encontrado facilmente por ali, é considerado como quase ameaçado de extinção
De acordo com a bióloga e guia de turismo de observação de aves Cristine Prates, essa classificação é por causa da sua ocorrência geográfica restrita e pela região pegar fogo com bastante frequência.
Quem é o gravatinha?
A ave é multicolorida, mede de 9 cm a 10 cm e o seu apelido deve-se a um prolongamento de penas em volta do pescoço, formando uma espécie de gravata. Os machos possuem coloração bem viva, brilhante, enquanto as fêmeas são ligeiramente mais pálidas. A espécie se alimenta principalmente do néctar das flores —suas favoritas são as da calliandra.
Além do gravatinha, outras aves como o tapaculo-da-Chapada-Diamantina, o papa-formiga-do-sincorá e o rabo-mole-da-serra
também atraem os observadores. Mas é esse belo engravatado a grande estrela do lugar.
Diferentemente de outras espécies que não costumam ter muito contato com as pessoas e voam logo para elas não chegarem perto, o beija-flor-de-gravata-vermelha deixa que se aproximem e tirem fotos. Então, ele faz bastante sucesso.
Cristine Prates, bióloga