Passagem foi registrada em várias cidades em regiões diferentes do estado
Moradores de várias cidades de todas as regiões da Bahia conseguiram ver a passagem de um meteoro na noite deste domingo, 17. Rapidamente a informação chegou às redes sociais e fotos, vídeos, além dos relatos começaram a surgir. “Imagem sensacional. Vi nitidamente aqui em Seabra. Foi um clarão, seguido de um estrondo. Assustador, mas foi lindo”, disse Meire Camilo, moradora da Chapada Diamantina.
Outros moradores da Chapada relatam terem visto o mesmo fenômeno nas cidades de Lençóis, Iraquara, Mucugê, Capão, Andaraí, Jussiape e Itaetê. Porém, a passagem do meteoro foi possível ser flagrada em Vitória da Conquista, Jacobina, Barra do Mendes, Barra da Estiva, Feira de Santana e Pintadas. “Pensei que o mundo estava acabando. Quando passou aqui, estava numa cor azulada e depois foi ficando vermelha. Foi emocionante”, disse Antônio Cardoso, ao compartilhar a experiência que teve em Lençóis.
Ainda não se sabe se o meteoro que foi visto cruzando o céu da Bahia é o mesmo que foi visto em outros estados do nordeste. O que todos os relatos têm em comum é que além da cor brilhante, a passagem do meteoro segue de um barulho forte e tremor, o que dá a entender que ocorre impacto com o solo. Ainda não há informações sobre a queda em solo baiano.
O que aconteceu?
De acordo com a Nasa, agência espacial que estuda o espaço, o fenômeno faz parte da chuva de meteoros Gemínidas, que teve o pico entre essa semana, e é visível a olho nu em todo o mundo. Essa chuva acontece anualmente, começaram a aparecer em meados do século XIX, e as primeiras chuvas tiveram cerca de 10 a 20 meteoros vistos por hora. Durante seu pico, 120 meteoros podem ser vistos por hora em “condições perfeitas”.
O que é uma chuva de meteoros?
A chuva de meteoros é o nome dado ao fenômeno em que muitos meteoros (rochas espaciais) entram na atmosfera da Terra, conforme define a Nasa. A agência explica que à medida que a rocha espacial cai na direção da Terra, a resistência do ar sobre a rocha torna-a extremamente quente, e vemos uma “estrela cadente”. “Essa faixa brilhante não é realmente uma rocha, mas sim o ar quente e brilhante à medida que a rocha quente atravessa a atmosfera.”, explica a agência espacial dos EUA.
Isso acontece com alguma frequência, porque à medida que um cometa se aproxima do Sol e parte da sua superfície gelada evapora, liberando partículas de poeira e rocha, que são detritos espalhados ao longo do percurso. “Várias vezes por ano, enquanto a Terra faz a sua viagem em torno do Sol, a sua órbita cruza a órbita de um cometa, o que significa que a Terra se choca contra um monte de detritos de cometa.
Confira os registros feitos na Bahia: