Bahia teve a maior queda entre os estados e um desempenho bem inferior ao do Brasil
e acordo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em fevereiro deste ano, as vendas do varejo na Bahia recuaram (-1,4%) frente a janeiro, voltando a apresentar um resultado negativo após duas altas seguidas nessa comparação com o mês imediatamente anterior, que é livre de influências sazonais (desconsidera os efeitos de eventos recorrentes, como o Natal). A Bahia teve a maior queda entre os estados e um desempenho bem inferior ao do Brasil como um todo, onde as vendas do comércio varejista cresceram 1,0%, entre janeiro e fevereiro, com avanços em 20 das 27 unidades da Federação, lideradas por Paraíba (5,7%), Amapá (5,2%) e Mato Grosso (4,3%).
Já na comparação de fevereiro 2024 com fevereiro 2023, o resultado das vendas do varejo na Bahia se manteve positivo (12,0%), mostrando o 16º crescimento consecutivo frente ao mesmo mês do ano anterior (em alta desde novembro/22). Foi o 7º aumento mais expressivo das vendas entre os estados e acima do verificado nacionalmente (8,2%), num cenário em que todas as 27 unidades da Federação apresentaram resultados positivos. Também foi o maior avanço do varejo na Bahia, para um mês de fevereiro, em 10 anos, desde 2014, quando a taxa havia sido 15,8%.
O IBGE também destaca que com esse resultado, o comércio varejista da Bahia teve, no primeiro bimestre de 2024, um crescimento acumulado de 11,9% nas vendas, frente ao mesmo período do ano anterior – também o melhor desempenho desde 2014 (12,5%). Foi o 3º maior aumento entre os estados, abaixo apenas dos verificados em Amapá (16,6%) e Mato Grosso (13,9%) e bem acima do nacional (6,1%). Nos 12 meses encerrados em fevereiro, as vendas do varejo baiano também seguem em alta, de 6,4%, bem acima do indicador nacional (2,3%) e mostram o 4º avanço mais expressivo entre as 27 unidades da Federação, só abaixo dos acumulados em Tocantins (11,0%), Maranhão (9,8%) e Ceará (8,5%).
Com queda só nas livrarias, crescimento do varejo baiano em fevereiro foi mais uma vez puxado por supermercados
Num cenário bem parecido com o de janeiro, em fevereiro, na Bahia, mais uma vez 7 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis, material de construção e atacado de alimentos) registraram aumentos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2023. O único segmento em queda, no estado, foi novamente o de livros, jornais, revistas e papelaria (-15,9%), que mostrou seu 13º resultado negativo consecutivo, recuando mês a mês há um ano, desde fevereiro de 2023.
As vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação foram, de novo, as que mais cresceram (27,7%), mas, como a atividade pesa pouco na estrutura do varejo baiano, deu apenas a sexta contribuição mais importante para o resultado geral do comércio no mês. Já as vendas dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo mostraram o terceiro aumento mais expressivo entre as atividades (14,8%) e foram, assim como em janeiro, as que mais contribuíram para o avanço do varejo, na Bahia, em fevereiro. O segmento teve o nono crescimento consecutivo e o maior para um mês de fevereiro em 18 anos, desde 2006 (16,3%). Com o segundo maior crescimento entre as atividades (20,7%), as vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentaram uma segunda alta consecutiva e exerceram a segunda principal influência positiva no desempenho do varejo baiano, em geral. O segmento reúne lojas de departamentos e grandes varejistas on-line.
Vendas do varejo ampliado baiano crescem frente a janeiro e a fevereiro 2023 mais uma vez com altas generalizadas
A PMC acrescenta que em fevereiro de 2024, as vendas do comércio varejista ampliado baiano mostraram, mais uma vez, resultados positivos em todas as comparações. Cresceram 1,8% frente a janeiro, na série livre de influências sazonais, e 12,3% na comparação com fevereiro de 2023, mostrando o melhor resultado para o mês em 10 anos, desde os 12,8% de fevereiro de 2014.
Em ambos os confrontos, os resultados das vendas do varejo ampliado no estado superaram os nacionais (1,2% e 9,7%, respectivamente). Frente a janeiro, a Bahia teve a 10ª maior alta; em relação a fevereiro/23, ficou na 7ª posição. No acumulado no primeiro bimestre de 2024, as vendas do varejo ampliado baiano crescem 11,6%, também acima do índice nacional (8,2%), sendo o 5º maior avanço entre os estados e o melhor resultado para um primeiro bimestre, na Bahia, em 13 anos, desde os 12,0% de 2011.
Nos 12 meses encerrados em fevereiro, o varejo ampliado baiano acumula alta de 5,2% nas vendas, também acima do Brasil como um todo (2,6%) e apresentando o 6º melhor resultado entre os 27 estados. O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (“atacarejos”), para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado. No confronto com fevereiro de 2023, os três segmentos tiveram altas, assim como já havia ocorrido em janeiro.
As vendas de materiais de construção tiveram novamente o aumento mais expressivo (24,1%), o nono consecutivo e o maior para um mês de fevereiro nos 19 anos de série histórica para o segmento (iniciada em 2005). O segmento de veículos teve alta de 12,4%, a sexta seguida. Já as vendas do atacado de alimentos cresceram 9,3%, num quarto resultado positivo consecutivo, mas ainda mostram queda no acumulado em 12 meses (-3,4%).
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