A taxa oficial de desemprego no Brasil subiu para 12,9% no trimestre encerrado em maio e atingiu 12,7 milhões de pessoas, apontam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, no período foram fechados mais de 7 milhões de postos de trabalho em relação ao trimestre anterior. O fim dessas vagas é um dos reflexos decorrentes da pandemia do novo coronavírus.
O resultado representa uma alta de 1,2 ponto percentual na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro (11,6%) e de 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2019 (12,3%).
Dessa forma, o número de pessoas na fila por um emprego teve aumento de 3% (368 mil pessoas a mais) frente ao trimestre móvel anterior (12,3 milhões de pessoas) e ficou estatisticamente estável frente a igual período de 2019 (13 milhões de pessoas).
Trata-se da maior taxa de desemprego desde o trimestre terminado em março de 2018, quando foi de 13,1%.
O período foi marcado por grande dispensa de pessoal e desistência de trabalhadores em procurar trabalho em meio à pandemia, com impactos tanto na taxa de desemprego como também na ocupação, informalidade e desalento.
População ocupada tem queda recorde
A população ocupada no país teve queda recorde de 8,3% (7,8 milhões de pessoas a menos) em 3 meses e encolheu para um total de 85,9 milhões de brasileiros. Na comparação com maio do ano passado, a queda também foi recorde, de 7,5% (7 milhões de pessoas a menos).
A população desalentada (pessoas que desistiram de procurar emprego) também alcançou novo recorde e soma agora 5,4 milhões, com alta de 15,3% frente ao trimestre anterior e de 10,3% frente a igual período de 2019.
Desaba emprego com carteira assinada
Já o número de empregados com carteira de trabalho assinada caiu para 31,1 milhões, menor nível da série. O número representa um recuo de 7,5% (menos 2,5 milhões de pessoas) na comparação com o trimestre anterior e queda de 6,4% (menos 2,1 milhões de pessoas) na comparação anual.