Duas mulheres que morreram com Covid-19 tiveram os corpos trocados no Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, a cerca de 100 Km de Salvador. O caso ocorreu neste domingo (2). Um dos corpos chegou a ser enterrado por outra família.
De acordo com a unidade de saúde, a troca foi feita após o filho de uma das vítimas fazer o reconhecimento do corpo errado. Apesar de os corpos estarem identificados, havia uma coincidência: o primeiro nome das duas era Maria.
A confusão só foi descoberta quando familiares da outra mulher, de nome Maria Luisa Brito Santos, 53 anos, foi até a unidade para fazer a identificação do corpo. No local, eles perceberam que o corpo apontado como o da mulher não era o dela.
Uma guarnição da 66ª Companhia Independente de Polícia Militar (66ª CIPM) foi acionada, e o corpo de Maria Luisa, que já havia sido enterrado pela outra família, foi desenterrado e devolvido para os parentes.
Em nota, o hospital lamentou o episódio e afirmou ainda que os envolvidos serão ouvidos e o caso apurado. Confira na íntegra:
“O Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) lamenta o fato ocorrido na troca de corpos de duas pacientes vítimas de COVID neste domingo. A direção da unidade esclarece que os corpos estavam bem identificados, sendo a única coincidência o primeiro nome: “Maria”. O filho de uma das vítimas fez o reconhecimento e a funerária a remoção do corpo. Protocolo estabelecido justamente para controlar este tipo de situação.
Uma outra medida adotada pelo hospital para evitar troca de corpos de vítimas de COVID, foi o desenvolvimento de um saco com uma parte transparente para mostrar o rosto da pessoa (ver imagens abaixo). Uma funcionária do hospital, que também é costureira, já confeccionou cerca de 80 sacos específicos para pacientes com COVID. A unidade vai apurar o caso e ouvir todos os envolvidos”.