”A assessoria de um jogador queria fazer uma doação. Ela verificou a chave PIX que estava aparecendo na tela da televisão e, segundo informações coletadas, descobriu que aquela chave PIX era de uma pessoa que desenvolvia a atividade de rifeiro. Como ela queria fazer essa doação, desconfiou e conseguiu o telefone da mãe da criança com câncer. Foi feito um acerto de que doação seria feita diretamente para ela, não para aquela chave”, contou o delegado Charles Leão.
O delegado disse ainda que após o jogador entrar em contato com um apresentador de programa, a investigação interna na emissora foi iniciada.
”Segundo eu coletei em declarações, a própria produção ligou para três ou quatro vítimas. Elas confirmaram e informaram que no momento da entrevista a chave PIX fornecida não era delas e sim de terceiros desconhecidos”.
A polícia também informou que três celulares foram apreendidos e passaram por perícia. Conteúdos de reportagens, prints de mensagens, documentos bancários fornecidos pelas vítimas e depoimentos fazem parte do inquérito.
Ainda conforme a polícia, 15 pessoas são investigadas, entre elas, dois jornalistas que foram demitidos da emissora.
Um dos investigados é proprietário de uma pistola calibre 9mm e possui registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). A polícia informou que o Exército Brasileiro apura a regularidade da licença e a manutenção do registro. O nome do investigado não foi detalhado.
Além disso, a morte de uma criança que precisava de um tratamento médico e tem a possibilidade de relação com os apelos exibidos no programa de TV da emissora também é apurada pela polícia.