Com dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) apontados como alvos da Operação Lava Jato, a Corte Suprema desagregou apoio ao procurador Deltan Dallagnol na Procuradoria-Geral da República (PGR) e aos métodos da operação em si no Judiciário. A crise para os procuradores chegou ao seu ponto mais alto desde o início da divulgação das mensagens de Dallagnol pelo The Intercept Brasil.
As últimas revelações, publicadas pelo veículo em parceria com a Folha de S. Paulo, nessa quinta-feira (1º), mostram que os procuradores tentaram investigar o atual presidente do STF, Dias Toffoli, e o ministro Gilmar Mendes. O problema é que, como os magistrados possuem foro na própria Corte, procuradores de primeira instância não podem investigá-los. Além disso, as esposas de Toffoli e Mendes também foram alvo de interesse da operação .
Com isso, segundo o blog Painel, da Folha, um ministro chegou a chamar os integrantes do Ministério Público Federal (MPF) de “canalhas” em mensagens enviadas a pessoas próximas. Ademais, o chefe da Receita Federal, Marcos Cintra, foi avisado de que, se não entregar a lista de servidores que acessaram os sigilos de agentes públicos e a justificativa legal para essa devassa, o órgão também vai entrar na mira do STF.