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Bate-volta cresce 20% no São João e tem viagens a partir de R$ 88

O gerente de vendas Luan Folha, 30 anos, vai trabalhar até a véspera do São João, mas ele também quer aproveitar a festa e, por isso, esse ano, vai usar do sistema bate-volta para curtir o Forró do Bosque, em Cruz das Almas. Ele não é o único. Segundo a Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), essa modalidade de translado cresceu cerca de 20% na comparação com o ano passado.

Os preços deste ano começam em R$ 88 e podem ser parcelados em até 10x, dependendo da agência. Esse é o modelo mais simples, aquele que inclui apenas o transporte. Quem optar por open bar durante o trajeto ou por incluir na passagem o ingresso de alguma festa particular terá que pagar mais caro.

Luan contou que essa será a primeira vez que vai usar o sistema bate-volta. Ele está empolgado. O gerente disse que por conta do trabalho, geralmente, fica em Salvador nesta época do ano, mas mudou de ideia depois de avaliar o custo-benefício da viagem. Foi uma amiga que o convenceu a pegar a estrada. Serão quatro amigos ao todo.

“Quando compramos a passagem na rodoviária temos que pensar também no translado na cidade, porque a maioria dessas festas não acontece no centro, uma despesa que a gente não tem com o bate-volta. Meu expediente termina às 18h de sábado (amanhã) e recomeça às 8h30 de terça, então, com esse modelo, consigo otimizar melhor meu tempo”, afirmou.

O pacote comprado por Luan não inclui open bar na viagem, mas vem com o ingresso do camarote da festa. A despesa, contando com o trajeto da casa dele até o ponto de encontro no Iguatemi, é de cerca de R$ 600. Para o diretor da Abav, Rogério Ribeiro, esse modelo vale a pena para quem tem pouco tempo.

Perfil
“O bate-volta é mais usado por pessoas entre 20 e 30 anos, mas a terceira idade também está usando cada vez mais esse serviço. A diferença é que o destino, geralmente, é para lugares mais tranquilos que os arraiás de São João. Nessa época do ano, esse modelo é ideal para quem vai viajar com o interesse de aproveitar apenas a festa da cidade”, contou.

O sistema bate-volta é corrido, mas Rogério garante que tem algumas vantagens. Os foliões não têm que se preocupar com a Lei Seca ou o risco de provocar acidentes. Eles fazem o transporte com segurança e conforto, além de ficar à vontade para aproveitar a festa ao máximo.

A modalidade não é exclusividade das agências de viagens. Segudno a Abav, existe uma atividade similar desenvolvida nos bairros periféricos de Salvador. Na prática, são amigos e vizinhos que nesta época do ano alugam um ônibus ou uma van e fazem o bate-volta para o São João do Pelô.

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