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Caminhoneiros ameaçam fazer greve, mas sem data definida

Os caminhoneiros do Brasil – que já paralisaram o País em maio de 2018 – estão ameaçando realizar uma nova greve geral, desta vez, no inicio desta semana, que abre, oficialmente, o Carnaval 2020. Um vídeo, que circula nas redes sociais dos caminhoneiros autônomos da Baixada Santista, anuncia que as atividades serão paralisadas a partir da zero (0) hora desta segunda-feira 17.

Por outro lado, o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Autônomos do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, que nos atendeu por telefone, e já declarou apoio total à greve dos petroleiros, e lançou uma campanha para avançar na luta contra a política de preços dos combustíveis, imposta pelo Governo e a direção da empresa Petrobrás, adiantou que haverá sim, uma manifestação, às margens do Rio Tietê, em São Paulo, nesta quarta-feira 19.

Segundo José Roberto, presidente da ANTB, este assunto precisa ser discutido com toda a sociedade, que é afetada em todos os setores por causa dos altos preços dos combustíveis. “E, se nós temos o petróleo e a Petrobrás, não é possível mais aceitarmos essa cobrança inadequada na bomba, tendo como lastro o Preço de Paridade de Importação (PPI)”.

No vídeo da ameaça de greve, uma das lideranças destaca: “Tudo irá parar por 24h, nessa segunda-feira 17, em prol da tabela de frete, diesel e demais reajustes na categoria”. Os caminhoneiros autônomos (ANTB) contam, ainda, com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logísticas (CNTTL).

PETROLEIROS

A greve dos petroleiros, que, nesta segunda-feira 17, entra no seu 17º dia, já paralisou 116 unidades do sistema Petrobrás em todo o País. Conforme o diretor do Sindipetro-Bahia, Radiovaldo Costa, todo apoio é sempre bem-vindo e vai dar um novo fôlego para trazer à mesa de negociações tanto o Governo Federal quanto a direção da empresa. “Parte da nossa pauta tem tudo a ver com petroleiros, caminhoneiros, e a sociedade em geral. Além das nossas reivindicações especificas, queremos ainda mudanças na política de preços estabelecida aos combustíveis”,

Em carta aberta no site do Sindipetro, do Rio de Janeiro, a Associação Nacional dos Transportadores Autônomos do Brasil (ANTB) diz, textualmente, que: “A carga tributaria sobre os combustíveis, no Brasil, é elevadíssima para um País em desenvolvimento”. A Associação informa, também, que, desde 2016, o chamado Preço de Paridade de Importação (PPI) vem sendo praticado nas refinarias brasileiras, ou seja, “tendo como base as cotações internacionais destes produtos, mais os custos que os importadores teriam com transporte e taxas portuárias” .

O documento – que já foi enviado ao presidente Jair Bolsonaro -, diz, ainda, que “o preço das refinarias considera uma margem que cobre os riscos como volatilidade de câmbio e dos preços. O que é um absurdo. E não há, em nenhum lugar do mundo capitalista, uma política de preços similar a esta!”. A carta revela, também, que a Petrobras prática uma política de autoflagelo, entregando, deliberadamente, seu mercado aos concorrentes .”Fato este, inaceitável e criminoso!”

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