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Cesta básica em Salvador sobe 4,43%.

Apesar de ainda ser uma das capitais com o valor mais baixo da cesta básica no país, o conjunto de mantimentos, em Salvador, teve a segunda maior variação em janeiro, atrás apenas de Aracaju/SE, de acordo com Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese): +4,43%, passando a custar R$ 376,49, contra R$ 360,51 em dezembro de 2019.

De acordo com o levantamento, divulgado pelo órgão na manhã de ontem, oito dos doze produtos que compõem a cesta tiveram elevação nos preços médios: tomate (19,81%), banana (9,69%), arroz (5,54%), açúcar (5,07%), carne bovina (4,31%), feijão (3,63%), óleo de soja (2,34%) e pão francês (0,21%).

Por outro lado, quatro itens tiveram quedas tímidas no mês de janeiro, conforme o Dieese: leite (-2,20%), farinha de mandioca (-1,79%), manteiga (-1,62%) e café (-1,51%). O resultado registrado coloca a capital baiana entre as três primeiras no ranking das cestas básicas mais baratas dentre as capitais pesquisadas, atrás de Aracaju/SE que possui o conjunto de mantimentos mais barato, custando R$ 368,69, mas a frente de João Pessoa/PB (R$ 388,02). Nos últimos 12 meses, Salvador registrou uma alta de 6,52% nesse índice.

Na contramão, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre/RS foram às capitais onde a cesta estava mais cara no mês passado. Para se ter uma ideia, na capital paulista, o preço dos mantimentos foi de R$ 517,51, aproximadamente 37,45% mais caro do que o encontrado aqui. Mesmo assim, nas 17 capitais onde a pesquisa foi feita, em janeiro, houve queda nos preços da cesta em apenas seis, sendo Florianópolis/SC a que teve a maior baixa: -4,41%.

CUSTO

De acordo com o Departamento, o trabalhador soteropolitano remunerado pelo salário mínimo comprometeu 79 horas e 43 minutos de sua jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais em janeiro passado. Já em dezembro de 2019, a jornada necessária havia sido de 79 horas e 28 minutos. Há um ano, o tempo gasto era menor, de 77 horas e 55 minutos.

Além disso, quando se compara o custo da cesta de Salvador e o novo valor do salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, a relação foi de 39,39% em janeiro de 2020. Em dezembro, havia sido de 37,17% e, em janeiro de 2019, de 38,49%, ambos em relação ao salário mínimo anterior, de R$ 998.

Ainda segundo o Dieese, em janeiro, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.347,61 ou 4,18 vezes o mínimo de R$ 1.039,00. Esse cálculo leva em conta a cesta básica mais cara do país, que é a de São Paulo, e toma em consideração, com base na Constituição Federal, que o rendimento deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele como alimentação e moradia, por exemplo. Já em 2019, o salário mínimo era de R$ 998 e o piso mínimo necessário, em janeiro daquele ano, correspondeu a R$ 3.928,73 (ou 3,94 vezes o mínimo que vigorava naquele período) e, no mês de dezembro, a R$ 4.342,57 (ou 4,35 vezes o piso vigente).

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