A era digital está aí, com diversos serviços online que podem ser realizados, sobretudo o recebimento de dinheiro e o pagamento de contas, sem precisar sair de casa, mas esta é uma realidade distante para boa parte dos baianos.
Prova disto são as longas filas em todo final/início de mês, quando são realizados pagamentos de aposentados e trabalhadores, e muitas vezes na mesma ida ao banco a pessoa aproveita para pagar contas, o que aumenta o tempo de permanência.
E em época de pandemia da Covid-19, que tem 176 casos confirmados e duas mortes na Bahia, a formação de longas filas nos bancos, sobretudo do lado de fora, quando se tem pouco controle da distância entre as pessoas, virou alvo de preocupação.
Para evitar aglomerações, os bancos, por recomendação da Febraban, entidade que os representa nacionalmente, estão com horários especiais de atendimento: das 9h às 10h, a preferência é para os idosos, e das 10h às 14h o público em geral.
Dentro desses horários, as pessoas conseguem ter algum tipo de ordem nas filas, mas fora deles, sobretudo nas primeiras horas da manhã, está sendo praticamente impossível haver o distanciamento de 2 metros entre as pessoas, conforme recomendado pela Organização Mundial de Saúde evitar a disseminação do vírus.
Na maioria dos casos, as filas maiores ocorrem nas unidades da Caixa Econômica Federal, onde é feito o pagamento do salário da maioria dos aposentados. O Banco do Brasil, em menor quantidade de pessoas, passa por situação semelhante.
Filas no interior
Nesta segunda-feira (30), por exemplo, em Jequié, sudoeste do estado, as filas nas portas dos bancos, com centenas de pessoas, começaram antes das 8h. As maiores filas eram na Caixa Econômica, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú.
Em nenhuma delas se respeitava a distância mínima de dois metros entre as pessoas, onde havia tanto idosos com mais de 60 anos (grupos de risco para a Covid-19) quanto pessoas de idade mais inferior. A cidade de 156 mil habitantes tem um 1 caso confirmado para a Covid-19.