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Doses de vacinas diferentes geram confusão em Cruz das Almas; prefeitura admite erro

Um grupo de moradores de Cruz das Almas, no reconcâvo baiano, denunciou um erro na aplicação da vacina contra o coronavírus, na cidade. De acordo com os relatos, um grupo foi vacinado em primeira dose com o imunizante da Oxford/AstraZeneca, no entanto, no cartão de vacinação foi registrado como Coronavac. A confusão causou problemas na aplicação da segunda dose. Já que o prazo deveria ser de 90 dias, para Astrazeneca, e não de 28 dias, que é o prazo da Coronavac, para aplicação da segunda dose.

O caso ocorreu com as pessoas que se vacinaram nos dias 23 e 24 de março, no drive thru da Praça Sumaúma, em Cruz das Almas. A prefeitura da cidade admitiu o erro. Segundo a gestão, a equipe de saúde fazia a imunização com Coronavac, quando recebeu um lote da Astrazeneca, mas continuou incluindo no cartão o prazo de 28 dias, quando deveria ser 90 dias.

As duas vacinas tiveram uso aprovado pela Anvisa no Brasil e são usadas no programa de imunização. Porém, quem toma a primeira dose de uma deve tomar a segunda dose do mesmo imunizante. Não há comprovação de eficácia da imunização quando o paciente recebe doses da vacina de diferentes fabricantes.

De acordo com a gestão municipal, ao ser identificado o erro, a Vigilância Epidemiológica fez uma busca das pessoas que tomaram a vacina nos dias 23 e 24 de março, para que fosse feita a correção da data da segunda dose no cartão de vacinação.

No entanto, há a possibilidade de que pessoas tenham tomado a segunda dose errada. Em um vídeo que circula nas redes sociais, em um entrevista à uma rádio local, o secretário de Saúde do município, Sandro Brito Borges admite que existe a possibilidade.

“Caso tenham existido pessoas que tenham tomado dose diferente, a gente já notificou a Dires (Diretorias Regionais de Saúde) sobre essa questão das doses. Se existiu alguma pessoa, não tem problema. Ela vai tomar a outra dose da vacina correspondente. Ela não vai ficar sem sua dose. Não existe risco à saúde. Não há problema de saúde. O único problema é tomar a dose correta. Essas pessoas se existirem, na realidade elas vão ser beneficiadas, porque tomaram uma dose a mais da vacina. Se tiver alguém, a gente coloca a secretaria à disposição”, diz o secretário no vídeo. No entanto, não há comprovação científica sobre o possível benefício da dose extra, como afirma o secretário.

Na nota, a prefeitura ainda informou que as equipes de saúde receberam novas instruções para que o erro não volte a acontecer.

Confira a íntegra da nota da prefeitura sobre o caso

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Sobre a situação da falha ocorrida no agendamento da segunda dose da vacina contra a covid-19, no Cartão de Vacinação de algumas pessoas, a Secretaria Municipal de Saúde esclarece: ocorre que as duas vacinas têm aprazamentos diferentes, quem toma a vacina AstraZeneca, deve tomar a segunda dose, do mesmo imunizante, após três meses e já para quem toma a Coronavac, deve tomar a segunda dose após 28 dias.

Houve um erro da equipe que vacinava nos dias 23 e 24 de março, no drive thru da Praça Sumaúma. A equipe estava vacinando com o imunizante Coronavac e após receberem um lote diferente com a Astrazeneca, continuou incluindo no cartão o prazo de 28 dias, quando deveria ser 90 dias.

Ao ser identificado o erro, imediatamente a Vigilância Epidemiológica fez uma busca ativa das pessoas que tomaram a vacina nos dias 23 e 24 de março, para que fosse feita a correção da data da segunda dose no cartão de vacinação.

É importante informar também que a Vigilância Epidemiológica tem acesso às informações sobre o lote da vacina aplicada e consequentemente, de qual laboratório pertence o imunizante. Desta forma, salientamos que, quem se vacinou nos dias 23 e 24 de março e tem qualquer dúvida sobre a vacina que tomou, deve procurar a Vigilância Epidemiológica, na Secretaria de Saúde para os devidos esclarecimentos.

Vale ressaltar que, a Secretaria de Saúde se reuniu com as pessoas que fazem parte da equipe de vacinação para chamar a atenção sobre a falha ocorrida e evitar que esse erro seja repetido. 

Correio da Bahia

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