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Podemos é acusado de dar calote de R$ 2 milhões em produtora

O Podemos é acusado de dar calote na produtora D7 Filmes pelo não pagamento de um contrato de R$ 2 milhões. A empresa foi contratada no início de janeiro para diversos serviços, incluindo a gravação de vídeos para a propaganda partidária do partido e treinamentos para o então pré-candidato presidencial Sergio Moro fazer discursos.

De acordo informação apurada pela reportagem de “O Tempo”, a produtora contratou pelo menos 15 profissionais para iniciar os trabalhos com o partido.

Em fevereiro, o contrato teria sido assinado pela empresa e pela presidente nacional da legenda, Renata Abreu. Já no mês seguinte, em março, a nota fiscal dos serviços foi emitida e entregue ao Podemos, que ignorou a cobrança.

O pedido de pagamento teria sido feito, ainda, antes da desfiliação de Sergio Moro, considerado a “estrela” do partido e que iria disputar a Presidência da República nas eleições de outubro deste ano. O ex-juiz e ex-ministro trocou de sigla em 31 de março e assinou ficha no União Brasil.

Profissionais que trabalharam na equipe da produtora contratada pelo Podemos alegam que a nota fiscal foi enviada dentro do prazo combinado e que o documento chegou a vencer sem o registro de pagamento. Ao ser procurado para a cobrança, o partido postergou o pagamento e, depois, parou de atender ligações telefônicas. “A gente fez propaganda de graça para o Podemos”, reclama um integrante da equipe.

Sem perspectiva de conseguir receber, a D7 acionou o Podemos na Justiça para cobrar a dívida. A reportagem procurou o Podemos e pediu manifestação sobre a acusação, mas não obteve resposta até a publicação desse texto.

Já o advogado de Sergio Moro, Gustavo Guedes diz que ele não se manifestará sobre o assunto, “pois a contratação foi pelo partido, inclusive das inserções partidárias veiculadas nos Estados, de responsabilidade do Diretório Nacional”.

Além da dívida com a D7, o partido é acusado de manter outra dívida relacionada à produção pré-eleitoral. Uma empresa de consultoria jurídica contratada no final de 2021 pela Fundação Podemos para trabalhar na pré-campanha de Moro e elaborar o plano de governo do ex-juiz alega ainda não ter recebido o pagamento do valor combinado.

 

Jornal da Chapada//Com informações do O Tempo

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