Segundo um levantamento do fórum Americas Society, em parceria com a Control Risks, o Brasil caiu quatro posições no Índice de Capacidade de Combate à Corrupção (CCC). Em 2021, o país era o 6º colocado, e agora passou para o 10º lugar. É terceira queda seguida.
Esse índice avalia a capacidade de 15 países latino-americanos de identificar, punir e prevenir casos de corrupção.
O levantamento é dividido em três categorias: capacidade legal; democracia e instituições políticas; e sociedade civil e mídia. São analisadas 14 variáveis, incluindo a independência das instituições jurídicas e a quantidade de recursos disponíveis para combater crimes de colarinho branco.
Veja a colocação de cada país:
- Uruguai
- Costa Rica
- Chile
- Peru
- República Dominicana
- Argentina
- Panamá
- Colômbia
- Equador
- Brasil
- Paraguai
- México
- Guatemala
- Bolívia
- Venezuela
Segundo a pesquisa, um dos itens em que o Brasil mais retrocedeu foi na independência e eficiência das agências anticorrupção. A queda na pontuação nesse quesito foi de 19%.
Dos cinco itens em que o Brasil ficou abaixo da média, dois tem relação com a política e com o Congresso.
O presidente do Instituto ‘Não Aceito Corrupção’, Roberto Livianu, disse que esse resultado demonstra o enfraquecimento das instituições e também da legislação.
“Nós vivemos um momento muito complicado, muito crítico. Temos tido retrocessos no ano passado. Tivemos um esmagamento da lei de improbidade administrativa, a lei mais importante do país em matéria de combate à corrupção, a lei da ficha limpa também”, conta.