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Mineração em Piatã preocupa produtores de café e de cachaça da região

Os impactos da mineração em Piatã, na Chapada Diamantina, tem preocupado produtores de café e cachaça da região, segundo reportagem da Mongabay. Na mina de ferro da localidade de ‘Mocó’ e ‘Bocaina’, há a mineradora inglesa Brazil Iron, fundada na região em 2011.

Piatã é uma cidade reconhecida internacionalmente pelo seu café. Contudo, segundo Valdeci Souza Silva, moradora da Bocaina há 60 anos, a poeira de minério de ferro invade a sua residência e danifica os pés de café. “Não é uma poeira normal, avermelhada. Esta poeira é preta. Quanto mais eles estão trabalhando lá, mais poeira aqui. Quando é na seca, junta-se o pó da poeira do minério e o sol. Aí mata todos os pés de café, eles não conseguem produzir”, reforçou.

Já Abaíra, cidade que a mineradora também desenvolve atividades, é reconhecida pela qualidade da sua cachaça. Porém, as fontes de água utilizadas na produção da cachaça, e que também abastecem centenas de famílias na zona rural, estão ameaçadas de contaminação por pesquisas minerais encomendadas pela Brazil Iron e realizadas pela empresa GeoAgro na região de São José, zona rural da cidade.

Segundo José Gomes Novais, produtor de cachaça há mais de 50 anos na cidade, “é ali na água que você tem qualidade na cachaça, porque a água já vem com essa qualidade da natureza. Foi a natureza que deu para nós e ninguém tem o direito de tirar”, pontuou.

Interdição da mineradora
A Brazil Iron tem 25 pedidos de pesquisa mineral protocolados na Agência Nacional de Mineração (ANM), todos na região da Chapada Diamantina, além de autorização para extrair até 600 mil toneladas de minério de ferro por ano, ainda em estágio de pesquisa.

A atividade na Mina Fazenda do Mocó foi interditada no dia 26 de abril pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), que verificou violações como, por exemplo, supressão da cobertura vegetal, descumprimento de condicionantes e implantação e execução de atividades e estruturas além do que foi autorizado. Com as atividades suspensas, a empresa avalia um prejuízo diário de R$ 200 mil e precisou realizar uma série de demissões. Clique aqui para conferir a reportagem completa.

 

Fonte: Jornal da Chapada com informações do Mongabay.

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