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Neto, Jerônimo e Roma discutem propostas e demandas do setor produtivo baiano

Investimentos e ações nas áreas de educação, segurança pública, conectividade e infraestrutura integram a lista de demandas prioritárias do setor produtivo baiano nas projeções para os próximos quatro anos. Propostas e anseios dos mais diferentes segmentos foram compilados em um documento construído coletivamente e entregue ontem aos três principais candidatos ao governo da Bahia, convidados também a apresentar o que planejam para alavancar a econômica do estado.

ACM Neto (União Brasil), Jerônimo Rodrigues (PT) e João Roma (PL) tiveram a chance de detalhar os projetos voltados ao setor produtivo, em evento idealizado conjuntamente por quatro grandes entidades: as federações de Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), do Comércio (Fecomércio-Ba), das Empresas de Transportes da Bahia e Sergipe (Fetrabase) e das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). Após a entrega do documento, cada um dos candidatos pôde expor planos com foco em melhorar a cadeia econômica a dezenas de empresários e empresárias que atuam na capital e no interior.

Primeiro colocado nas pesquisas, Neto iniciou sua apresentação com propostas dirigidas ao campo. Sobretudo, do compromisso em profissionalizar toda a estrutura da Secretaria Estadual de Agricultura, devolvendo à pasta o caráter técnico e garantindo ampla assistência técnica e qualificação ao pequeno e médio produtor rural. O candidato da União Brasil criticou a extinção da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) pelo governo do PT e assegurou esforços para a fortalecer a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).

“O grande empresário tem recurso para contratar empresas que possam garantir todo o suporte técnico, mas o pequeno não tem. Depende do poder público. Vamos profissionalizar toda a Secretaria de Agricultura, fazer dela um exemplo de gestão moderna e trabalhar pensando em resultados. Vamos focar no pequeno produtor para que ele tenha o suporte necessário, acesso a crédito e segurança jurídica para produzir”, afirmou.

Para o setor de comércio e serviços, responsável por 70% dos empregos no estado, Neto destacou propostas que integram o plano de desenvolvimento estratégico idealizado por ele. Primeiro, disse, é fundamental reconhecer as peculiaridades e potencialidades que cada região da Bahia tem para expandir e gerar empregos. “Nós vamos desenhar um plano com metas bem claras, iniciativas bem definidas e marcos de entrega estabelecidos. Vamos trabalhar com planejamento”, enfatizou.

Sobre a reivindicação para desonerar impostos que incidem sobre o setor dos transportes, Neto assegurou compromisso em dialogar. Segundo ele, as decisões serão tomadas levando em conta desafios e soluções. “De um lado, o que podemos ganhar em escala, competitividade, ampliando a produtividade de setores. Do outro, como podemos manter um tratamento fiscal mais favorável por parte do estado salientou.

Segundo em intenções de voto, Jerônimo Rodrigues foi questionado sobre os planos voltados a melhorar a assistência técnica para produtores rurais. O petista se comprometeu a trabalhar em parceria com a Faeb e com as secretarias municipais da Agricultura, estimulando a conectividade e a formação à distância.

Para o setor de transportes, o candidato do PT ressaltou a ideia de fortalecer a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), com objetivo de combater a clandestinidade no transporte de pessoas e de cargas. Jerônimo apontou ainda o uso de tecnologias, a exemplo de drones, para fiscalizar as divisas estaduais.

Já João Roma, que ocupa o terceiro lugar nos levantamentos, concentrou sua fala em projetos sob a alçada do governo federal, como o plano de criar o Canal do Sertão Baiano e o Canal da Redenção de Irecê, ambos destinados a ampliar a oferta de água. Já nas áreas de educação e segurança, Roma se limitou a criticar a permanência de altos índices de analfabetismo e o avanço do crime organizado no estado, sem apresentar propostas objetivas.

Líderes empresariais defendem ação articulada com governo
No evento, líderes das quatro entidades do setor produtivo destacaram a união de esforços entre iniciativa privada e Poder Público como forma de superar entraves e vitaminar a economia baiana. Para o presidente da Fieb, Ricardo Alban, o objetivo do encontro é articular um trabalho conjunto com o futuro governo. “Ao mitigar as diferenças, buscando convergências que possam ser mais factíveis e mais rápidas, nós certamente teremos os hiatos vencidos e superados. Esse é o principal objetivo: caminhar juntos”, disse.

Já o presidente da Fecomércio-Ba, Kelson Fernandes, destacou a possibilidade de atuar em conjunto para recuperar as perdas do setor de comércio e serviços, um dos principais afetados pela covid-19. “Estamos com a oportunidade ímpar de ouvir os candidatos e suas propostas, para que a gente possa tentar amenizar os problemas que a economia, de um modo geral, passou com a pandemia. Nós queremos que assumam o compromisso conosco de que vão melhorar o ambiente de negócios no estado”, afirmou.

No mesmo diapasão, o presidente da Faeb, Humberto Miranda, destacou a possibilidade de criar uma rede permanente de diálogo com o governo. Para Miranda, este caminho é necessário para a atualização das demandas e, consequentemente, o desenho de políticas públicas mais assertivas. Já Décio Barros, presidente da Fetrabase, enfatizou a urgência de avaliar impostos que incidem sobre a cadeia do transporte, assim como de elevar investimentos na estrutura viária.

Fonte: Foto e matéria do Correio da Bahia

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