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Novembro Azul: Instituto Nacional do Câncer projeta 6 mil novos casos de câncer de próstata na Bahia

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou uma projeção dos casos de câncer de próstata este ano. Na Bahia, a previsão é de que sejam registrados seis mil novos casos da doença. Em Salvador, a tendência é de mil registros.

Em todo o país, a entidade acredita que serão 65 mil novos casos.

De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia, entre os meses de janeiro a outubro de 2021, foram registrados quase duas mil internações por causa do câncer de próstata no estado, com mortes de mais de mil pessoas. Salvador registrou 545 casos.

O médico urologista Jailton Campos alerta para a importância do diagnóstico precoce. Segundo ele, o paciente pode ser curado, caso faça o exame de toque regularmente e inicie o tratamento com o máximo de brevidade.

“No início, a gente consegue até curar o câncer, ou seja, livrar o paciente completamente daquele problema. Se for diagnosticado precocemente, a gente consegue tratamentos curativos, a exemplo da cirurgia”, contou.

 

Durante a fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas no paciente. No entanto, cerca de 95% dos tumores estão em fase avançada quando os primeiros sinais são registrados. Nos casos mais avançados da doença, o paciente precisa realizar tratamentos mais intensos, como quimioterapia e radioterapia. Ainda assim, há a possibilidade de não obter a cura.

O aposentado José Damião, 65 anos, ressalta a importância do exame de toque no diagnóstico e tratamento precoce.

“Este ano, quando fiz o exame, o médico encontrou algo estranho, algo diferente. Por isso, digo para todos os homens: o exame de toque é fundamental. No meu caso, se não fosse por ele, eu não teria sido diagnosticado precocemente”, contou.

Câncer de próstata

O câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens, é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas, segundo os dados do Instituto Nacional do Câncer. A doença afeta principalmente idosos, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.

O câncer pode crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A maioria, porém, cresce de forma lenta, de cerca de 15 anos para atingir 1 cm³.

Sintomas

 

Em sua fase inicial, o câncer da próstata ocorre de forma silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata. Os sintomas são dificuldade e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.

Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal, além de sangue na urina.

A detecção precoce do câncer é uma estratégia utilizada para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento bem sucedido.

Prevenção

A maior prevenção contra o câncer de próstata é a detecção precoce. Ela pode ser feita através de exames clínicos, laboratoriais, endoscópios ou radiológicos. Podem realizar o exame, tanto pacientes com sintomas da doença, quanto pessoas sem sinais da doença. No caso do câncer de próstata, esses exames são o toque retal e o exame de sangue para avaliar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico).

O INCA não recomenda a realização de exames de rotina com essa finalidade. Caso os homens busquem ativamente o rastreamento desse tipo de tumor, o Instituto recomenda, ainda, que eles sejam esclarecidos sobre os riscos envolvidos e sobre a possível ausência de benefícios desses exames feitos como rotina.

Tratamento

Em alguns casos iniciais da doença, o tratamento ideal é a realização de uma cirurgias, radioterapias e observação vigilante. Para pacientes com a doença avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática, quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo, o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.

A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.

Fonte: G1.globo.com.br  

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